Laje da Jagua

Swell tradicional

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Em todo início de ano, aguardamos a entrada de um bom swell em Jaguaruna (SC), algo que já virou tradição. O mês de janeiro é sagrado, sempre rola aquela ressaca com boas ondas, e em 2014 não foi diferente.

 

João Capilé me ligou falando que estava vindo pra Jagua, então fui correndo verificar os gráficos, mas não fiquei muito animado. Ondas de até 1,7 metro com período entre 12 a 14 segundos. Mesmo assim avisei alguns membros da Atow-inj e deixei tudo pronto para o dia do swell.

 

No domingo, dia 5 de janeiro, combinamos de sair às 6h30min da manhã. No entanto, no fim de tarde do sábado o mar já ficou grandão, com a Laje quebrando clássica, sem vento e com ondas de mais de 4 metros na série. Fiquei frustrado na beira de praia achando que o swell havia antecipado e que havíamos perdido altas ondas.

 

No domingo de manhã acordei cedinho e vi que realmente o swell tinha diminuído, as ondas na costa não passavam dos 2 metros, mas mesmo assim reunimos toda a galera e fomos dar uma conferida na Laje da Jagua. Quando chegamos no pico, nem acreditamos no que estávamos vendo. Mesmo com o swell perdendo força, a Laje ainda estava bombando.

 

Na barca estavam a equipe da Atow-inj e amigos, com a presença dos big riders João Capilé e Luis Roberto Formiga. O pico estava quebrando com ondas para os dois lados, uma esquerda muito manobrável e uma direita bem em cima da pedra. Por precaução, avisei para a galera que ia pra água que uma semana antes havíamos mergulhado na Laje e avistado uma rede de pesca presa na bancada, bem onde a onda quebra, ou seja, não dava pra pensar em vacilar na queda em hipótese alguma.

 

O surf foi meio apreensivo, pois ninguém iria querer arriscar uma vaca e ficar preso em uma rede com ondas quebrando com série de 12 pés. Mas deixamos o medo de lado e surfamos a primeira Laje do ano.

 

Dessa vez o fotógrafo Lucas Barnis não esteve presente, então revezamos na captação de imagens, mas não foi nada fácil. Surfamos por três horas e meia e conseguimos obter registro de apenas uma hora. Foi nesse momento que percebemos que o Barnis faz mesmo muita falta na trip. Como não registramos muitas ondas, selecionei alguns frames do vídeo captado para poder ilustrar o surf do dia.

 

Na volta ainda fomos recebidos com um belo almoço feito na base da Atow-inj pela família da Laje.