O segundo episódio da websérie “Pegadas Salgadas” é dedicado à profissão de surf repórter, esses camaradas que prestam um serviço valioso pra galera que não quer perder a viagem numa sessão de surf, checando antes as condições do mar em um boletim das ondas.
Os depoimentos de José Oliveira Rocha, mais conhecido como Rochinha, que há mais de uma década faz o boletim por telefone (disk surf), o também experiente Maurio Borges, que dá as dicas na rádio Jovem Pan, e o surfista e shaper Guga Arruda, que presta o mesmo serviço na rádio Atlântida, ajudam a traçar um perfil desta atividade em Floripa, que inclui ainda boletins pela internet.
A profissão de surf repórter evoluiu muito desde que surgiu nos anos 80, com a disseminação do telefone celular e posteriormente da internet, que facilitaram bastante o processo de atualização e checagem das ondas. Ainda assim, faça chuva ou faça sol, eles tem que acordar diariamente no clarear do dia para dar informações sobre as condições do mar. A recompensa é poder pegar boas ondas com pouco crowd quando as condições estão boas.
O lado ruim está ligado ao frio do inverno e aos perigos de estar circulando pelas praias ainda de madrugada, como bem explica Rochinha num dos trechos inéditos que não entraram na edição original do documentário: “Vocês não tem ideia de que tipo de pessoas restam da noite, e de como você se sente ameaçado por essas pessoas”, conta.
Interessante notar que, pela relação diária com os ouvintes, os surf reporters acabam tornando-se quase como amigos para os surfistas mais fissurados, que consultam as suas informações e confiam nos seus relatos. A nova edição do material também aproveita para citar outros nomes importantes desta atividade na ilha como Raposão e Pena, que, infelizmente não puderam ser entrevistados para o filme. Confira os episodios da websérie Pegadas em Salgadas no Vimeo.
Para obter mais informações, acesse o blog e o site do filme.