O carioca Allan Gandra vem mostrando um olhar de especialista para congelar as manobras mais marcantes do surf de longboard. Ele conheceu o surf em 1978, quase uma década após a revolução das shortboards, período em que o romantismo ainda era o principal combustível do esporte. Começou a competir em 1999, quando o longboard competitivo viveu seu auge no Brasil e no mundo. De lá para cá, foi tricampeão carioca master e tricampeão brasileiro legends. Essa bagagem lhe deu conhecimento para assumir o papel de técnico e treinador de grandes valores do longboard nacional, como Marcelo Freitas, André Luis Deca, Rodrigo de Souza “Saci”, Atalanta Batista, Chloé Calmon e Roger Barros, o mais jovem campeão brasileiro aos 18 anos de idade. Não bastasse isso, ele ainda dá aulas de surf para celebridades da televisão.
Allan é local da praia da Macumba, e talvez isso explique sua forte relação com o universo do longboard, afinal o pico é o principal celeiro dos pranchões no Rio de Janeiro. Ele não dispensa o surf diário, sendo sempre um dos primeiros a entrar na água. Depois de pegar suas ondas costuma fotografar os amigos.
“Sempre gostei muito de fotografia, tenho muitos amigos que são excelentes fotógrafos, como Bidu, Marcelo Piu, Gugah Mariano, Pinguim e outros que sempre me inspiraram. Pensava sempre em começar, mas nunca conseguia conciliar o surf e a fotografia. Agora tenho mais tempo para garantir meu surf e ainda fazer as imagens. Venho procurando aprender muito, todos os dias faço fotos dos amigos e posto em uma página no Facebook – Allan Gandra Foto Surf. Assim vou saciando a sede da galera por imagens e me aprimorando. Não tenho pretensões de ser um fotógrafo famoso, mas sinto uma satisfação muito grande quando alguém curte as minhas fotos e fazem comentários positivos. O melhor de tudo da fotografia do surf é poder captar o momento mágico de um surfista que experimenta um sentimento único e poder compartilhar esse sentimento é simplesmente maravilhoso”.
Nada melhor do que um longboarder para registrar esses momentos, que no surf de pranchão parecem ainda mais plásticos e evidentes.