A decisão da WSL de não continuar com o Margaret River Pro devido à ameaça de tubarões no oeste australiano não marcou a primeira vez em que um evento organizado pela entidade máxima do surfe profissional precisou ser cancelado.
Tubarões, falta de ondas, terrorismo e até uma obra mal feita já foram motivos para a organização, desde os tempos de ASP, deixar de completar um evento.
Confira abaixo outras disputas que tiveram que ser canceladas.
África do Sul, 2015 No início da bateria final do J-Bay Open 2015, uma cena chocante tomou conta do pico em Jeffreys Bay, África do Sul. Um tubarão enorme chocou-se com Mick Fanning durante o duelo com Julian Wilson.
Ilesos, Mick e Wilson foram retirados da água pela equipe de resgate. Com o clima muito tenso em J-Bay, a World Surf League decidiu cancelar a final.
França, 2013
Depois de cinco dias sem ondas, o Roxy Pro Biarritz de 2013 acabou cancelado pela direção de prova devido à falta de condições para colocar as baterias na água.
A solução encontrada pelos organizadores do evento foi transferir a etapa do CT Feminino para Hossegor e promovê-la paralelamente ao Quiksilver Pro France, etapa do CT Masculino.
Mundaka, 2005 Depois de muita discussão entre a Billabong, a ASP (Association of Surfing Professionals) e o Mundaka Surf Club, foi decidido o cancelamento da etapa espanhola do circuito mundial devido à deterioração das condições de onda.
As mudanças ocorreram devido à ampliação do molhe de Bermeo e à dragagem de areia do rio para facilitar a saída de barcos desde o estaleiro de Murueta. Segundo relatos, por causa disso, a onda simplesmente sumiu do mapa durante 18 meses.
Portugal, 2002 O paraibano Fábio Gouveia, o carioca Guilherme Herdy e o paranaense Peterson Rosa estiveram entre os 16 melhores do Figueira Pro, sétima etapa do WCT de 2002, realizado em Figueira da Foz, Portugal.
Devido às péssimas condições do mar na praia de Cabedelo, a organização do evento decidiu encerrar a prova e dividir a premiação e os pontos entre os competidores que avançaram até a quarta fase. Todos terminaram em nono lugar e cada um recebeu pouco mais de US$ 11 mil.
Perna europeia de 2001 Devido aos ataques terroristas nas torres gêmeas, o ano de 2001 foi atípico. Com medo de novos ataques, a ASP cancelou as etapas restantes da perna europeia na Espanha, França e Portugal.
Com isso, o título mundial caiu no colo do norte-americano CJ Hobgood, que sagrou-se campeão do WCT sem vencer uma única etapa.
França, 1998 Em 1998, o Kana Beach Lacanau Pro, reuniu os Tops do CT no sudoeste da França. Depois de três dias de flat e nada no horizonte, o evento acabou cancelado nas quartas de final.
Kelly Slater tentou provar que aquelas marolas poderiam ser surfadas, mas seus companheiros no Tour não entraram na pilha.