Nesta semana, os comitês olímpicos dos EUA e Austrália anunciaram uma temporada de treinos em piscinas de ondas visando a preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.
Enquanto a seleção norte-americana optou pela piscina de Waco, no Texas, a Austrália já realizou uma pré-temporada no Surf Ranch, Califórnia.
“A tecnologia de Waco possibilita condições perfeitas”, diz Greg Cruse, treinador da equipe norte-americana. “Com a capacidade de produzir três ondas por minuto em intervalos de 12 segundos, além de uma seção de aéreo perfeita, essa onda imita muito bem as condições oceânicas de um beach break”, completa o treinador.
Já a Austrália, sob comando do ex-Top Bede Durbidge, convocou Stephanie Gilmore, Matt Wilkinson, Sally Fitzgibbons, Wade Carmichael, Connor O’Leary e as promessas Macy Callaghan e Ethan Ewing para uma pré-temporada de seis dias no rancho de Kelly Slater.
“Nós meio que queríamos que isso se tratasse apenas de treino e performance, além de possibilitar uma interação entre nossos atletas”, diz Bede. “Mas tudo foi além das minhas expectativas, fizemos o trabalho de um ano em um dia”, comenta o treinador.
No Brasil, Adalvo Argolo, presidente da CBS (Confederação Brasileira de Surf), disse que no ano passado a Confederação foi convidada por Kelly Slater para levar sua equipe de atletas quando precisar do Surf Ranch.
Segundo Argolo, a CBS ainda estuda a possibilidade de desenvolver algum projeto junto ao COB (Comitê Olímpico Brasileiro) para levar uma equipe no ano que vem, mas que analisa também se é viável treinar em uma piscina de ondas, já que existe uma indefinição se o evento vai ser realizado no mar ou na piscina.
Apesar de a ISA já ter anunciado que a Olimpíada será realizada em um beach break nos arredores de Chiba, tanto Kelly Slater Wave Co. como a Wavegarden sinalizaram a intenção de construir uma piscina de ondas no Japão antes dos Jogos.
