Ondas Sonoras

Ítalo Ferreira – Mix #029

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Italo Ferreira ouve música ao se concentrar para as baterias. Foto: WSL / Poullenot.

Aos 21 anos de idade, o garoto sangue bom do Rio Grande do Norte, Ítalo Ferreira, estreou este ano no WCT. já chegou causando alguns estragos e dando show nas baterias contra nomes consagrados do esporte.

Na etapa brasileira, no Rio de Janeiro, chegou à semifinal e foi barrado apenas pelo campeão do evento. Em Fiji eliminou da competição ninguém menos que o mestre Kelly Slater, um dos maiores conhecedores daquela onda, assim como na etapa australiana de estreia na Gold Coast, onde também eliminou o maior campeão da história das competições de surf.

Depois de cinco etapas realizadas em 2015, quase metade do Circuito, ele já encontrou seu lugar entre os Top 10 e marca sua posição como estreante do ano até o momento.

Como a maioria dos surfistas do mundo, ele é apaixonado por música e não desliga seu player o dia inteiro.

Trocamos uma ideia com ele para saber suas preferências musicais e descobrimos que ele já teve até uma banda na adolescência. Além disso, Ítalo montou uma playlist exclusiva para os leitores da Fluir, com os sons que curte ouvir.

Como funciona a conexão entre o surf e a música na tua vida?

Adoro ouvir música! Quando comecei a surfar lembro que já ouvia bastante música antes de entrar na água. Tenho uma conexão muito boa com a música, porque me deixa tranquilo. Passo o dia inteiro ouvindo música!

Playlist by Ítalo Ferreira: 

Você está tendo ótimos resultados para um estreante no WCT. Ficou em terceiro lugar na etapa do Brasil e em quinto na de Fiji. Como foram essas etapas pra você?

Graças a Deus estou me dedicando muito e conseguindo os resultados. O evento do Rio vai ficar marcado para sempre. Primeiro porque nunca vi um público daquele em um campeonato de surf, a energia era muito forte. Segundo porque foi o melhor resultado na minha carreira até agora no Circuito Mundial. Em Fiji acabei perdendo por pouco para o Julian Wilson e terminei o evento na quinta colocação. Meu objetivo nesse evento era entrar no Top 10, então estou feliz, pois consegui alcançar a oitava colocação do ranking.

O que você estava ouvindo de música nessas etapas?

Eu costumo ouvir rap, música eletrônica e algumas músicas evangélicas na hora do meu momento com Deus. Chris Brown e Kid Ink são meus favoritos na hora de aquecer para as baterias, entre outros.

Você curte mais ouvir um som antes ou depois da bateria?

Gosto de ouvir antes das baterias, como alguns eletrônicos pra ficar ligadão (risos). Depois alguns raps e no final música evangélica para relaxar um pouco e manter o equilíbrio.

Ítalo Ferreira em ação em casa:

Você toca ou já tocou algum instrumento, já teve alguma experiência com música?

Sim, já toquei teclado e cantava quando era criança. Na real eu tinha uma banda, mas é melhor não entrar em detalhes (risos).

Qual tem sido seu maior aprendizado neste primeiro ano de WCT?

Ainda tenho que aprender muito, mas nas poucas etapas que fui já deu pra ter uma noção de como as coisas funcionam. Conviver com outras pessoas de culturas diferentes é bem divertido! Mas, eu tenho uma coisa em mente, no circuito não tem  nenhum bobo, então você não pode dar mole para ninguém.

Quando você viaja pra competir, além de surfar, dá tempo de fazer outros passeios, como ir a um show de música, por exemplo?

Às vezes dá para aproveitar. Em shows não, até porque eu não gosto muito de sair. O Pinga, meu manager, até reclama comigo porque eu não saio para conhecer os lugares históricos, outras praias ou alguma coisa do tipo e só quero ficar no quarto (risos).

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Ítalo Ferreira arrisca tudo durante etapa brasileira do Mundial na Barra da Tijuca (RJ). Foto: Henrique Pinguim / Waves.