Onda Doce

Surf e solidariedade

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O cenário era de um campeonato de surf, mas o clima era de total confraternização. Exclusivo para executivos dos setores Açúcar, Álcool e Energia, o primeiro Festival de Surf Onda Doce, realizado neste sábado (26), no Quebra-Mar, em Santos.

Idealizada por Eduardo Naufal e com organização do lendário Picuruta Salazar, a competição serviu como “pano de fundo” para promover duas importantes ações sociais.

“A renda das inscrições foi doada para a ONG Beaba, que atua diretamente com crianças com câncer, e também estamos divulgando a ONG Onda Doce, que estamos criando para ajudar jovens carentes a conseguirem intercâmbio cultural no exterior. Em 2016 já levaremos três estudantes, dois de Taubaté, minha terra natal, e um de Santos, cidade que escolhi para viver”, disse Naufal.

A ideia de unir o surf à ação social surgiu depois que ele começou a fazer aulas de surf com Picuruta Salazar, no próprio Quebra-Mar. “Ele ajudou muito, organizou e deu muita animação”, afirmou o executivo, que já era praticante de snowboard e no Festival Onda Doce terminou na décima colocação.

Os mais de 20 competidores, de pranchinhas ou longboard, nunca tinham competido antes, e o balanço, segundo Naufal, foi mais do que positivo. “Foi demais. A galera compareceu em peso e o astral estava ótimo. Estou amarradão e ano que vem tem mais. Quero fazer dois, se Deus quiser”, anunciou.

O grande vencedor foi Luiz Gustavo de Farias, de São Paulo, que na final mostrou um grande desempenho, com 13 pontos, de 20 possíveis, com notas 5,67 e 7,33 (uma das melhores do evento). Ele superou Henrique Risseto (2º), Luiz Henrique (3º) e Artur Hempel (4º). Destaque, também, para Alexandre Nogueira, dono da maior nota da competição, 8,17, e Matheus Bispo, com a maior somatória, 13,83, ambos terminando em quinto lugar.

Aos 34 anos, surfista desde os 12, o campeão revelou que foi seu primeiro campeonato na vida. “Foi muito legal. Estávamos entre amigos. Foi bem interessante. Sou novo no setor de Açúcar e Álcool e foi um prazer participar e conhecer toda a galera”, vibrou Luiz Gustavo, também enaltecendo a ação social. “Fico feliz de ter contribuído de alguma forma”, afirmou o vencedor, que trabalha com açúcar e etanol futuro.

Além de dominar muito bem as ondas, Picuruta mostrou ser um grande organizador, conduzindo bem toda a festa. Ele também comemorou o sucesso do evento diferenciado, sem competidores habituais. “Ficamos felizes em tudo dar certo. Até o tempo ajudou e a chuva parou. O grande objetivo era mesmo a confraternização e a galera colaborar. Muitos não conheciam o Quebra-Mar e ajudamos a movimentar o turismo na Cidade”, destacou Picuruta, ícone do surf brasileiro.

Todos os participantes ganharam medalhas, camisa de lycra, parafina e cordinha e os quatro finalistas levaram troféus artesanais, com o campeão também faturando um relógio GPS da Rip Curl. Além disso, houve sorteio de uma viagem para El Sunzal, em El Salvador e três pranchas, duas do shaper Almir Salazar (uma delas um longboard), e uma da Seventy Surfboards, de Pedro Penha.

O evento
O primeiro Festival de Surf Onda Doce teve os apoios da Escola de Surf Picuruta Salazar, Associação de Surf de Santos, Federação Paulista de Surf, Prefeitura Municipal de Santos e FMA Notícias.