Nasciso na Espanha, Daniel Ferlin tem apoio dos pais para seguir no surf.
Foto: Rogerio Mello
Ele nasceu na Espanha, mas filho de pais santistas, aprendeu a surfar nas ondas do Quebra-Mar, o famoso pico de Santos, que tem como grande ícone, Picuruta Salazar. Daniel Ferlin está com 13 anos e tem todo o apoio familiar para seguir adiante no surf. A revelação santista quer fazer bonito na final do Hang Loose Surf Attack, o Paulista de Surf nas categorias de base, que será disputada na praia da Baleia, em São Sebastiao, no sábado e domingo, 17 e 18 de outubro.
“Estou bem confiante e querendo um bom resultado”, afirma o terceiro colocado na categoria iniciante e quarto na mirim no Circuito Santista 2015. “O Hang Loose é um grande campeonato, com os melhores surfistas e o objetivo é sempre melhorar”, complementa o surfista, que gosta de aéreos e se inspira no surf de John John Florence, Jamie O’Brien e Clay Marzo, além da nova geração brasileira no WCT, sobretudo Gabriel Medina e Filipe Toledo.
O pai, Augusto Cesar, não esconde a expectativa com o filho. “Desde os primeiros meses de vida, já colocávamos ele cima de uma prancha, seja sob o skate ou nas minhas pranchas. Nos últimos três anos, começamos a leva-lo às competições, mas agora começamos a fazer um trabalho mais sério, focado em competições”, destaca o pai, que o ajuda no mar, com apoio da mãe, Luciane, responsável pelas filmagens.
“Ele vem ganhando confiança e experiência a cada bateria. E estamos iniciando uma nova etapa de trabalho. Desde o mês passado começamos a trabalhar o psicológico com um profissional do esporte e também o funcional, com o pessoal da Mobility, bem como estará com pranchas novas. Fechamos uma parceria com um experiente shaper de Maresias, o Adriano Nunes, que vai começar a trabalhar com a evolução e personalização dos equipamentos dele”, diz o pai.
Na preparação como surfista, Daniel tem as participações em campeonatos de outras cidades, inclusive em São Sebastião, e já fez sua primeira “trip” internacional, em 2013, para a Costa Rica. “Ele encarou, sem medo, os melhores picos, Ollies Point, Roca Bruja, Playa Negra, Avellanas. Agora, estamos pensando em surfar no Peru ou El Salvador, como preparação para a próxima temporada. Também estamos trabalhando os sonhos da Indonésia, Califórnia e Havaí, que se tudo der certo, serão os próximos destinos”, afirma Augusto Cesar.
Ele conta que a motivação ao surf foi natural. “Somos uma família do surf. Tenho 37 anos de surf e em nossa casa se respira o esporte, é nosso estilo de vida”, orgulha-se o pai. “Nosso apoio é total. Estamos fazendo tudo que podemos para que ele evolua. Levamos para treinar sempre, principalmente em Guarujá e nos finais de semana no Litoral Norte. Estamos sempre juntos, iniciamos o trabalho psicológico, funcional, inglês, equipamentos. Enfim, ele tem todo o suporte e apoio que um garoto de sua idade poderia ter”, acrescenta a mãe.
Categorias
A quarta e decisiva etapa do Hang Loose Surf Attack terá as disputas em cinco categorias – júnior (até 18 anos), mirim (limite de 16 anos), iniciante (no máximo 14 anos), estreante (sub12) e petit (10 anos para baixo). Há, ainda, a disputa por cidades, com o time campeão faturando uma premiação de R$ 2 mil, oferecidos pela Federação Paulista de Surf, como forma de auxiliar nas despesas em competições.
O evento
O Hang Loose Surf Attack tem os patrocínios de Overboard, Sthill, Hot Water, Super Tubes e Surftrip. Copatrocínios de Rhyno Foam, Reef e CT Wax. Divulgação: Revista Fluir, Waves e FMA Notícias. Apoios das prefeituras de Ubatuba, Santos, Guarujá e São Sebastião, Associação Ubatuba de Surf, Associação Santista de Surf, Associação de Surf de Guarujá, Associação de Surf de São Sebastião, Governo do Estado de São Paulo, com organização da Federação Paulista de Surf.