Único com três vitórias na elite mundial este ano, todas conquistadas com notas dez, Filipe Toledo já está na praia de Maresias, em São Sebastião, para tentar outra grande conquista no Oi/HD São Paulo Open of Surfing – apresentado por Banco do Brasil.
Filipe defende o título comemorado em 2014 e como fez durante toda a temporada, segue com seu estilo, a diversão. Ele sabe que dessa vez a situação será diferente.
Agora, chega muito mais badalado, atual vice-líder do ranking CT. Mas diz que a filosofia é a mesma: “Eu me divirto bastante, não deixo a pressão me afetar. Vim para tentar nova vitória, sem dúvida, mas quero, antes de tudo, me divertir. Aqui é um lugar muito especial para mim. A vitória ano passado foi sensacional e espero repetir o feito e chegar no Havaí com toda a confiança”, revela o surfista de 20 anos.
Assim como fez em Portugal, ele alivia a tensão jogando sinuca, na casa que está hospedado, muito próxima ao palanque. “Em Portugal, a gente ficou perto de um restaurante que tinha uma mesinha de sinuca e, para desviar a atenção do campeonato, de título mundial, de todo mundo falando, a gente jogava, para dar uma divertida. Me ajudou bastante”, conta.
Ele lembra que em Portugal, não teve de enfrentar só os rivais nas ondas. Teve dores nas costas, sinusite e vinha de um resultado adverso na França, depois do episódio da perda das pranchas no voo. “Depois do resultado, a cabeça veio bagunçada, com o psicológico abalado. Tive muita dor nas costas, fiquei gripado, mal de sinusite. Foi sinistro. Tudo isso me fez ter mais vontade de vencer a etapa, deu um gostinho melhor”, confessa.
Para a grande final em Pipeline, Filipinho já tem o pensamento definido, para evitar, ou pelo menos, minimizar a pressão. “Vou tentar surfar como se fosse qualquer outra etapa. Sei que vai ser bem difícil, mas estarei com suporte muito bom, minha família estará do meu lado, minha namorada. Acho que vai ser divertido. Vou aproveitar os dias lá, desviar a atenção dessa falação de título mundial, mas com foco na vitória”, anuncia.
Filipe sabe que para pensar no título deverá precisar de tubos para a esquerda. “Não sou o melhor do mundo, nem um dos melhores, mas eu me jogo. O que tiver de fazer para vencer o evento e ser campeão mundial, vou fazer”, destaca o surfista patrocinado por Hurley, Jeep, Oi, Nike, Monster Energy, Oakley, Sharpeye, Smoothstar, FCS e Stance.
“Acho que a chance para ganhar é a mesma (entre ele, Adriano de Souza e Gabriel Medina). Todos têm talento. Vai vencer o que merecer”, completa o surfista, que no Oi/HD São Paulo Open of Surfing – apresentado por Banco do Brasil está escalado para competir na 24ª e última bateria da primeira fase, enfrentando o também brasileiro, Messias Félix e os portugueses Vasco Ribeiro e Frederico Morais.