O Campeonato Sul-Americano de Va’a foi encerrado no último domingo em Santos (SP) em grande estilo, com as provas por equipes, garantindo disputas em alto nível, com “pegas” emocionantes, do início ao fim. A competição de canoas polinésias ou havaianas, como são mais conhecidas por aqui, reuniu cerca de 400 atletas – 160 do exterior, vindos do Chile (incluindo Ilha de Páscoa), Peru, Venezuela e Argentina – e os títulos mais esperados ficaram para o final, com as provas longas de V6, com seis canoístas em cada equipe, tendo como princípios, a força aliada à sincronia nas remadas.
Competidores da Baixada Santista fizeram bonito e chegaram aos pódios, tanto no masculino, com o bronze para a Taho’e, numa chegada empolgante e definida numa onda já perto da areia, quanto no feminino, com a prata para a Waihine Kai.
A prova das mulheres teve um percurso de cerca de 20 km, com largada e chegada na Ponta da Praia e remada até o Forte de Itaipu, em Praia Grande. A vitória ficou com a experiente equipe paulistana Matero.
“Foi demais representar o Brasil num campeonato, conquistar a prata e competir em casa”, festejou Milena, atual campeã brasileira master de OC1, que remou na equipe Waihine Kai junto com Monica Pasco, campeã brasileira de OC1 open e no Sul-Americano também prata na prova individual, Gisele Mota, Cristiana Franco, Barbara Brazil, destaque no SUP, e Marly Pires.
Entre os homens, a favorita equipe Rapa Nui, da Ilha de Páscoa, onde há tradição milenar neste tipo de embarcação, foi superior do início ao fim, no trajeto da Ponta da Praia até a Praia do Moisés, de aproximadamente 20 km. A Samu, de São Paulo, uma das melhores do Mundo, com vitórias até em Nova Iorque, ficou em segundo, e a emoção ficou para o terceiro lugar entre a Taho’e, que treina em Santos, e a Brava’a, do Rio de Janeiro.
As duas equipes remaram lado a lado, com o time local vencendo na última onda surfada. “Conquistamos o bronze com uma diferença de três metros, colocando uma equipe santista entre as três melhores da América do Sul”, disse Rogério Mendes. “Contamos com a galera de Santos torcendo de uma forma intensa e retribuímos com muito esforço. Foi uma conquista de nossos treinos durante as madrugadas, antes do trabalho e demais atividades diárias”, acrescentou.
“Nossa equipe se destaca pelo elevado espírito de sacrifício, o que torna nosso grupo muito coeso”, comemorou Rogério, destacando a presença de Cauê Serra, o leme do time e campeão brasileiro de va’a individual, Rafael e Arthur Santacreu, Marinho Cavaco e Américo Pinheiro, os três últimos atletas de Elite do SUP nacional.