Para cada modelo de SUP existe uma quilha diferente. Exagero? Nem um pouco. E a coisa não para por ai. Dentro desse universo, existem variações de formatos e materiais seguindo as mais avançadas tecnologias de hidrodinâmica, oferecendo diferentes opções de desempenho.
Estruturalmente, uma quilha se divide em base (comprimento da quilha onde ela encontra a prancha), ponta (extremidade vertical da quilha), profundidade (distancia que a quilha penetra dentro da água) e curvatura (ângulo medido entre a linha vertical que parte do centro da base, até o ponto mais alto da quilha). A combinação desses fatores, somada ao tamanho, atenderá a um determinado propósito.
Quilhas são fundamentais para o controle e direção, mas também criam atrito com a água. Nesse sentido, quando menos quilhas, menos atrito. Mas, inversamente, quanto menos quilhas, menos controle. É importante, portanto, equalizar o tamanho, formato e o número de quilhas com a modalidade de SUP que se pretende praticar e com o seu nível de controle sobre a prancha.
As configurações mais comuns nos SUPs são as monoquilhas (uma), triquilhas (três) e quatriquilhas (quarto). As monoquilhas oferecem menos resistência do que as combinações multiplas e por isso permitem que a prancha deslize com mais velocidade. Porém, não são a combinação ideal se a prioridade for uma resposta rápida em relação ao controle e à direção. Por esse motivo, quem prefere surfar acaba optando por combinações múltiplas, que respondem rápido aos comandos do surfista, facilitando a execução de manobras, ao passo que o aumento de resistência provocado por um número maior de quilhas não é muito sentido, pois nesse caso, o deslocamento é gerado pela energia da onda, ao contrário das remadas, onde a força dos remos é a principal fonte de energia empregada.
Assim, pranchas de race e travessia, em sua esmagadora maioria, permitem a colocação de uma única quilha, enquanto as pranchas recreativas e para o surf oferecem diferentes configurações de encaixe.
As configurações e os tipos vão se adequando à modalidade de SUP. Numa travessia, por exemplo, em que manter a prancha seguindo por quilômetros na mesma direção faz parte do negócio, uma nonoquilha grande, com uma base larga e alguma inclinação, certamente ajudará, e muito, o remador a manter o rumo desejado. Da mesma forma, competidores de race precisam de uma quilha leve e grande, mas não tão grande quanto uma usada para uma travessia, afinal, provas de race exigem contornos de boias e por isso, o remador precisa combinar direção, velocidade e agilidade.
O surfe e a remada de performance exigem o uso de quilhas certas, feitas com os melhores materiais e designs existentes. Atletas profissionas usam quilhas diferentes de acordo com o treino ou competição em que irão atuar. No etanto, a grande maioria dos praticantes de SUP o faz de maneira recreativa e, nesse caso, é um grande barato experimentar modelos e configurações diferentes sem grandes pretenções, a não ser a de se divertir muito.
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