O comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 acabou com as possibilidades de o surfe ser realizado em ondas artificiais.
“Foi decidido durante o último conselho que uma onda artificial não será utilizada para abrigar provas do surfe. Vamos favorecer algum ambiente natural”, declara Tony Estanguet, presidente do comitê em coletiva de imprensa na cidade de Marselha.
O anúncio põe fim às esperanças da cidade de Sevran, perto de Paris, de sediar o surfe em 2024, já que o local deve receber uma piscina de ondas até 2023. Segundo Estanguet, essa possibilidade iria contra as ambições de respeito ao meio ambiente mostradas pelos organizadores dos Jogos.
“Na França temos a sorte de ter vários lugares naturais com experiência e a prática de sediar grandes eventos internacionais de surfe”, acrescenta o dirigente.
Três locais já solicitaram sediar o surfe nos Jogos Olímpicos: Biarritz, aliada aos três municípios da região (Capbreton, Hossegor e Seignosse), além de Lacanau e La Torche. O prazo para o envio das inscrições termina no dia 25 de junho.
“Nós já esperávamos isso, porque a questão havia sido discutida antes”, diz Stéphane Blanchet, prefeito de Paris.
“Mas a legitimidade do projeto de Sevran ainda é mantida, a porta não está fechada, então ela será designada como o local de treinamento ou ainda abrigar os Jogos Paraolímpicos. E devemos lembrar que a onda de Sevran será acima de tudo um destino para os habitantes da cidade”, completa Blnachet.
Embora as obras ainda não tenham começado, o projeto de uma onda artificial em Sevran continua sendo realidade.
Com um orçamento de 20 milhões de euros e uma data de conclusão, em meados de 2023, duas empresas são candidatas a hospedar sua tecnologia em Paris: Wavegarden e American Machine.