A indústria de pranchas de surfe no Brasil e no mundo vem há mais de 50 anos depositando resíduos tóxicos e inflamáveis em aterros simples sem qualquer tipo de controle ou tratamento ambiental. Tais resíduos, classificados, pela NBR 10.004, como classe I, são considerados perigosos, possuem alto valor agregado e prazos de decomposição elevadíssimos.
Partindo desta premissa e com foco na inclusão social através dos esportes aquáticos e a integração ao meio ambiente, Patricia Almeida, ativista e gundadora do Instituto Guardiãs do Mar e Águas, decidiu resgatar pranchas de surfe em meados de 2017 para reformá-las e inseri-las novamente no mercado pela iniciativa de doação à outras entidades, escolas e surfistas como trabalho de inclusão e incentivo à base.
Visando criar um sistema de redução de consumo de água, energia elétrica e geração de resíduos sólidos a ativista e surfista convidou o renomado shaper Neco Carbone, a Comsurf e as fabricantes New Advance e Oric para apoiarem este trabalho e ajudarem na recuperação dos dejetos não elimináveis.
Com muito êxito, mais de 50 pranchas foram consertadas, reformadas, doadas ao longo do período e foi observado que esta atividade fabril tem grande potencial para ser redimensionada no Brasil, com o objetivo de minimizar tais impactos.
Além destas iniciativas e alguns projetos sócio ambientais bem concluídos, Patrícia Almeida realiza diversos trabalhos e um movimento de pesquisas dentro e fora do país.
E este ano, o IGDM traz toda a sua energia para um tema intitulado “O A(Mar) Transforma Vidas”, utilizando como palco a quinta edição do CT em Saquarema a convite da montadora JEEP – patrocinadora oficial do evento.
“Meu objetivo é sempre deixar um legado de transformação e nesta etapa não será diferente. Falaremos da transformação de uma cultura de desperdício e consumismo para um presente mais consciente e sustentável”, diz Patricia Almeida.