Atleta de Búzios, José Eduardo é o novo campeão profissional do Rio de Janeiro.
Após três anos sem um Circuito, a Feserj (Federação de Surf do Estado do Rio de Janeiro) realizou duas etapas na Região dos Lagos e, após a etapa histórica de Saquarema, que rolou em ondas enormes, José Eduardo ficou com o título de melhor surfista do Rio.
Treinando menos do que gostaria por motivos pessoais, José Eduardo ainda sonhava com a carreira de surfista profissional e estava se preparando para competir no Circuito QS em 2018, mas antecipou seus planos e focou tudo no Carioca quando soube que duas etapas seriam realizadas.
Venceu na Praia do Forte, em Cabo Frio, e foi até as semifinais em Itaúna, Saquarema, garantindo o título e uma vaga na triagem da etapa brasileira do CT 2018, caso ela permaneça no Rio de Janeiro.
Confira abaixo a entrevista com o campeão carioca de 2017.
Você estava treinando menos do que gostaria, mas deu um gás e se tornou o campeão carioca profissional de 2017. O que você tira de aprendizado disso?
Não estava com tanto tempo pra me dedicar ao surfe como gostaria, mas consegui voltar a treinar mais forte pensando já no ano que vem, porque pretendo competir o Circuito QS. Mas aí o Circuito Carioca voltou depois de três anos e ainda por cima dando uma vaga na triagem para a etapa brasileira do CT. Então vi que tinha que antecipar meus planos e foquei tudo no Carioca. O que aprendi? Que Deus ajuda quem trabalha.
E essa vaga na triagem da etapa brasileira do CT 2018, caso ela permaneça no Rio de Janeiro. O que está passando pela sua cabeça em relação a isso?
Passa pela minha cabeça que toda a determinação e o treinamento valeram a pena. Papai do céu sabe o quanto eu queria isso e o quanto batalhei e sigo batalhando por isso. Sei que isso é só o começo e que ainda não conquistei nada, apenas dei o primeiro passo nos meus reais objetivos. Estou procurando não pensar nisso e seguir com o meu plano.
E como foi o evento de Saquarema, que teve ondas que chegaram aos 4 metros atrás da laje de Itaúna?
Foi realmente incrível! Eu entrei no primeiro round e fiz boas baterias, mas infelizmente na semifinal o meu corpo não aguentava mais, mas mesmo assim lutei até o fim. Acabei vencido pelo desgaste físico, porém fiquei feliz por ter mostrado um pouco do meu potencial e de ter surfado Itaúna só com mais três na água naquelas condições.
Quais seus próximos planos?
Treinar bastante, competir alguns eventos pelo Brasil para entrar no ritmo das competições e estar preparado para o ano que vem.
Deixe um recado aqueles que sonham em ser um surfista profissional.
Acho que ser surfista profissional no Brasil é uma das coisas mais difíceis do mundo, mas amo o que faço e daria tudo por uma oportunidade de representar a minha cidade, o meu estado e o meu país no Circuito Mundial. O melhor conselho é que mantenha a humildade, o foco e a determinação.