Billabong Pipe Masters

Pupo supera Medina

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Com uma bela atuação na primeira fase do Billabong Pipe Masters, o paulista Miguel Pupo avançou direto à terceira fase da prova e segue na batalha pela permanência na elite mundial.

Em ondas de até 3 metros, Pupo arrancou uma nota 9.93 dos juízes e dificultou as ações do compatriota Gabriel Medina e do havaiano Benji Brand, que até então liderava o confronto.

O paulista botou pra baixo em uma esquerda da série e passou por dentro da craca, saindo antes da junção e sendo engolido pela espuma logo em seguida. Três juízes chegaram a digitar nota 10, mas a média saiu 9.93.

A reação de Medina veio em uma esquerda não muito longa, mas surfada com muita técnica, saindo depois da baforada. Com 8.50, o vice-líder do ranking mundial colocou fogo na bateria.

Porém, a partir daí, o tempo foi passando e os atletas tiveram dificuldade para melhorar suas pontuações.

Faltando pouco menos de três minutos, Medina entubou em uma pequena direita no Backdoor, mas a nota 3.93 não foi suficiente para virar e ele seguiu precisando de 4.14 para impedir a vitória de Benji Brand.

Pouco tempo depois, Pupo foi para a esquerda e Medina novamente partiu ao Backdoor. Melhor para Miguel Pupo, que fez 4.90 e pulou de terceiro para primeiro.

“Fiquei feliz por surfar uma onda irada”, disse Pupo. “Fui lá procurando pelo Backdoor e terminei pegando em Pipe, o que é engraçado. Sempre quando você obtém uma boa pontuação, todos sabem que você precisa fazer uma segunda nota imediatamente. Eu estava tentando fazer isso, mas não há muitas oportunidades lá fora. Eu meio que caí, cometei alguns erros, mas finalmente consegui esse no final”.

“A pressão para a reclassificação aumenta agora”, continuou Pupo. “Mas eu tenho a minha família comigo e toda vez que vejo minha garotinha, a pressão vai embora e só estou pensando nela e como ela está feliz por estar no Havaí e também a minha esposa, e toda a pressão vai embora de alguma forma. Quando cheguei lá, eu estava tentando fazer o meu melhor. Eu queria que Gabby (Medina) continuasse no evento para ganhar o título, mas eu tinha que fazer o meu trabalho para manter meu emprego para o próximo ano. Eu acho que todos os caras na minha frente fizeram isso, então é uma boa primeira rodada, mas ainda há muitos passos a seguir”, finalizou Miguel.

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Gabriel Medina cai para a repescagem e encara Dusty Payne. Foto: WSL / Poullenot.

 
Com o resultado, Gabriel Medina caiu para a repescagem e ainda viu o havaiano John John Florence fazer a sua parte, batendo o brasileiro Wiggolly Dantas e o conterrâneo Dusty Payne.

O confronto foi marcado por poucas ondas e Florence usou o seu conhecimento local para comandar as ações, não dando chance aos adversários.

Com a derrota na bateria, Dusty Payne será o adversário de Gabriel Medina na primeira bateria da repescagem, que não acontecerá nesta segunda-feira. Em 2014, no ano em que o brasileiro levou o título, eles se enfrentaram na terceira fase da prova em Pipeline e Medina levou a melhor com duas notas 8.83.

Quem também terá uma nova chance no Billabong Pipe Masters é o australiano Julian Wilson, quarto no ranking. Julian até fez uma boa apresentação, mas cometeu uma interferência cedo na bateria e ficou em situação complicada.

Já o sul-africano Jordy Smith, terceiro na temporada, não deu mole e seguiu adiante com 16.57 pontos, melhor somatório do dia até o momento.

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Benji Brand desafia Julian Wilson na próxima batalha. Foto: WSL / Poullenot.

 

Previsão das ondas

A próxima chamada acontece nesta terça-feira, às 15:30 horas (horário de Brasília).

A previsão indica ondas em torno de 1 a 1,5 metro pela manhã, com ventos leves. Um novo swell está previsto para entrar em ação a partir da tarde e atingir seu ápice na quarta-feira. Porém, o vento maral também deve entrar em cena, prejudicando bastante a formação das ondas.

As condições tendem a melhorar na quinta-feira, quando a ondulação deve se alinhar aos poucos no decorrer do dia, com o vento virando de norte (maral) para nordeste e o swell perdendo força gradualmente.

Os dias 17 e 18 de dezembro podem receber outra ondulação de noroeste com intensidade moderada e ventos mais leves.

 

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Filipe Toledo estreia no pior momento do mar. Foto: WSL / Poullenot.

 
Confrontos já definidos da repescagem

1 Gabriel Medina (BRA) x Dusty Payne (HAV)
2 Owen Wright (AUS) x Ethan Ewing (AUS)
3 Julian Wilson (AUS) x Benji Brand (HAV)
4 Matt Wilkinson (AUS) x Stuart Kennedy (AUS)

Confira as chances matemáticas dos candidatos ao título:

– Se John John for primeiro ou segundo, garante o título mundial;

– Se John John for terceiro ou quinto, Medina precisa vencer a etapa para conquistar o título;

– Se John John for nono, Medina precisa do segundo lugar e Jordy da vitória;

– Se John John for 13o ou 25o, Medina precisa do quinto lugar, Jordy do segundo e Julian Wilson da vitória

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