Surfista de Imbé

Corpo localizado em São Paulo

Corpo encontrado no litoral sul de São Paulo pode ser do surfista Gustavo Oliveira, que sumiu em Imbé (RS) há 2 meses; distância entre as duas praias é de quase 700 quilômetros.

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Gustavo Oliveira desapareceu no dia 6 de junho em Imbé; buscas na região duraram 11 dias.

O corpo de um homem em avançado estado de decomposição foi localizado na orla de Iguape, litoral sul de São Paulo, informou o Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) nesta quarta-feira (31).

A suspeita é que seja do surfista Gustavo de Oliveira, de 18 anos, desaparecido há quase dois meses no mar em Imbé (RS). A distância entre as duas praias é de quase 700 quilômetros.

A localização do corpo ocorreu na praia do Prelado por banhistas, que avisaram os bombeiros de Ilha Comprida e a Polícia Militar do município. Apesar do avançado estado de decomposição, o cadáver ainda vestia parcialmente uma roupa de borracha.

A polícia e os bombeiros de São Paulo não tinham registros recentes de pessoas desaparecidas no mar naquela região, também não havia alerta sobre eventual naufrágio de embarcações emitido pela Marinha do Brasil na costa do estado. Entretanto, uma pesquisa feita pelo GBMar identificou a possibilidade de ser um surfista do Rio Grande do Sul.

Os bombeiros paulistas entraram em contato com os colegas de Imbé nesta quarta-feira e as suspeitas foram reforçadas depois que houve a confirmação das semelhanças nas características, inclusive a roupa. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Registro (SP) e somente exame genético poderá determinar a real identidade dele.

Segundo o GBMar, apesar da distância entre as praias, é possível que correntes marítimas em alto-mar possam ter transportado o corpo do surfista a partir da costa do Rio Grande do Sul até a de São Paulo. O caso também foi registrado na Delegacia da Polícia Civil da cidade como encontro de cadáver para ser investigado e oficialmente identificado.

Gustavo de Oliveira, de 18 anos, sumiu no mar, em Imbé, em 6 de junho. Ele estava com um primo, que conseguiu chegar à praia nas proximidades da avenida Santa Rosa, durante sequência de fortes ondas. O parente relatou aos bombeiros que olhou para trás e não viu mais o rapaz. Segundo familiares, ambos eram iniciantes no surfe.

Buscas foram realizadas durante onze dias seguidos pelos bombeiros do Rio Grande do Sul e foram continuadas nas semanas seguintes por amigos e parentes, que chegaram fazer uma roda de oração em homenagem a Gustavo. Durante os trabalhados, familiares dele fizeram uma roda de oração em homenagem ao surfista na orla de Imbé.

Matéria originalmente publicada no site G1.