Chegou a hora de os paulistas verem de perto os melhores surfistas da nova geração, que no futuro poderão estar brilhando no mundo. O Oi Pro Junior Series já passou pelas capitais do Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina e será encerrado neste fim de semana na badalada Praia de Maresias, casa do bicampeão mundial Gabriel Medina em São Sebastião, litoral norte de São Paulo.
A catarinense Tainá Hinckel e o saquaremense Daniel Templar, podem ser campeões sul-americanos antes da última etapa do Circuito Pro Junior da WSL Latin America no Peru. Já os títulos do longboard serão decididos no Oi Longboard Pro, com a carioca Chloé Calmon e o peruano Piccolo Clemente, defendendo a liderança do ranking nas mesmas ondas de Maresias nesta sexta-feira, sábado e domingo, junto com a categoria para surfistas com até 18 anos de idade.
A Oi vem patrocinando a etapa brasileira do World Surf League Championship Tour nos últimos anos, com o Oi Rio Pro em Saquarema, além das principais estrelas do surfe brasileiro, como os campeões mundiais Gabriel Medina e Adriano de Souza, Filipe Toledo, Italo Ferreira, Tatiana Weston-Webb, Silvana Lima, entre outros.
Neste ano de 2019, passou a investir ainda mais no surfe, agora na principal competição das categorias de base do esporte, patrocinando quatro etapas do Oi Pro Junior Series em palcos históricos do surfe brasileiro. Duas delas, incluindo o Oi Longboard Pro igualmente valendo pontos nos rankings da WSL Latin America, que definem os títulos sul-americanos da temporada.
A primeira etapa da modalidade praticada em pranchões, como no início do esporte, foi na estreia deste novo evento patrocinado pela Oi, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. A carioca Chloé Calmon lidera o ranking da World Surf League e vai buscar o primeiro título mundial feminino do Brasil no Longboard, na primeira semana de dezembro em Taiwan. Ela venceu o primeiro Oi Longboard Pro em casa e estará em Maresias tentando o título sul-americano também inédito para sua carreira, antes de viajar para o outro lado do mundo. Sua principal concorrente é a peruana Maria Fernanda Reyes, vice-campeã na Barra da Tijuca.
O peruano Piccolo Clemente já é bicampeão mundial na World Surf League, tricampeão sul-americano na WSL Latin America e conseguiu sua primeira vitória no Brasil no Oi Longboard Pro do Rio de Janeiro. Depois, ganhou a medalha de ouro em casa no Pan-Americano de Lima no Peru, na estreia do surfe no ciclo olímpico para os Jogos de Tóquio 2020 no Japão.
Ele não vem participando de todo o Circuito Mundial esse ano, mas está confirmado para buscar o tetracampeonato sul-americano neste fim de semana em Maresias. Só que tem o também bicampeão mundial Phil Rajzman querendo o bi consecutivo e Alexandre Escobar, vice-campeão na final contra o peruano na Barra da Tijuca, tentando o primeiro dele.
Pro Junior Na categoria dos surfistas com até 18 anos de idade, ainda haverá uma última etapa da WSL Latin America na semana que vem, dias 14 e 15, em Mancora no Peru, para fechar a lista dos cinco classificados para o Mundial Pro Junior da World Surf League, três pelo ranking masculino e duas pelo feminino. Já os títulos sul-americanos podem ser decididos no Oi Pro Junior Series. A catarinense Tainá Hinckel e o saquaremense Daniel Templar, têm chances de confirmar o primeiro lugar no ranking por antecipação em Maresias.
Tainá é a maior revelação do surfe brasileiro nos últimos anos e ganhou seu primeiro título Sul-americano Sub-18 em 2016, com apenas 13 anos de idade. Depois, veio o bicampeonato consecutivo da peruana Sol Aguirre, mas a catarinense da recém oficializada 9ª Reserva Mundial de Surf, a Guarda da Embaú, faz uma temporada intocável no maior calendário Pro Junior da história da WSL Latin America, com sete etapas em três países do continente.
Títulos nas semifinais Ela competiu em quatro das cinco provas disputadas e ganhou três, as duas do Oi Pro Junior Series que participou, a do Rio de Janeiro e a da Bahia na Praia de Stella Maris, em Salvador, e o Pena Little Monster no Ceará. Mesmo com um resultado a menos no ranking, lidera com grande vantagem de 3.560 pontos a 2.760 da vice-líder, a carioca Julia Duarte. Tainá só depende dela para ser a campeã sul-americana de 2019 no Brasil. Basta repetir o que fez nas quatro etapas que competiu, chegar nas semifinais.
Mas, ela pode ser consagrada mesmo se não passar nenhuma bateria em Maresias, desde que Julia Duarte, as peruanas Sol Aguirre e Daniella Rosas e a paulista Isabela Saldanha, atleta do Instituto Medina que vai competir em casa, não vençam o último Oi Pro Junior Series do ano. Se Tainá passar uma bateria, Isabela sai da briga do título e Tainá só não será campeã com uma vitória da Julia, ou da Sol, ou da Daniella. Se passar mais uma, acaba com as chances das duas peruanas e, ficando em quinto ou sétimo lugar em Maresias, Julia Duarte terá que vencer para levar a decisão do título para o Mancora Junior Pro Peru.
Vagas no Mundial Na categoria feminina, também estão em jogo duas vagas para o Mundial Pro Junior da World Surf League, que será disputado na última semana deste mês na Ilha Taiwan. Uma já está confirmada para Tainá Hinckel e Julia Duarte pode garantir a outra por antecipação também. Mas, só com a vitória no Oi Pro Junior Series, desde que a final não seja contra as peruanas Sol Aguirre ou Daniella Rosas e nem contra Isabela Saldanha.
Um segundo lugar já não serve para Julia, pois as três automaticamente ficariam na briga no Peru. Não só elas, mas até Maju Freitas com um terceiro lugar em Maresias e a argentina Coco Cianciarulo com a vitória. Outras cinco surfistas iniciam o evento com chances matemáticas nesta batalha pela segunda vaga no time sul-americano que vai para Taiwan.
Só a vitória Na categoria masculina, são três que se classificam e os que vão defender as vagas no Oi Pro Junior Series são o líder, Daniel Templar, o vice Lucas Vicente e Mateus Sena, que ocupa a terceira posição, seguido de perto por Daniel Adisaka. A cidade de Saquarema, que vem sediando o Oi Rio Pro nos últimos anos, já conquistou o principal título sul-americano de 2019 com João Chianca e Daniel Templar pode ser o campeão Pro Junior neste domingo, antes da última etapa do Circuito da WSL Latin America no Peru.
A batalha entre os homens está bem mais acirrada e a única chance para o Daniel confirmar o título sul-americano no Brasil, é conseguir sua primeira vitória no ano, na grande final do Oi Pro Junior Series em São Sebastião. Além disso, vai depender de uma combinação de resultados dos seus sete principais concorrentes, desde que o paulista Daniel Adisaka não tenha ficado em 7.o lugar ou melhor, se o catarinense Lucas Vicente e o potiguar Mateus Sena não conseguirem um 3.o ou 2.o lugar e, ainda, se a bateria final em Maresias não for contra o peruano Raul Rios, ou com o catarinense Leo Casal, ou os paulistas Fernando Junior e Eduardo Motta. Caso aconteça qualquer possibilidade dessas, a decisão do título fica para a última etapa no Peru, assim como se Templar ficar em segundo na final em Maresias.
A diferença de pontos entre os quatro primeiros do ranking é bem pequena. Daniel Templar tem 2.440 pontos, seguido por Lucas Vicente com 2.310, Mateus Sena com 2.220 e Daniel Adisaka com 2.125. A disputa está tão aberta que até o 36.o do ranking, tem chances matemáticas de conquistar o título sul-americano, com os 2.000 pontos que estarão em jogo no Oi Pro Junior Series e no Mancora Junior Pro Peru. Já a batalha pelas três vagas para o Mundial Pro Junior da World Surf League, envolve até o 55.o colocado no ranking.
Igualdade de gêneros O Oi Pro Junior Series e o Oi Longboard Pro são os primeiros e até agora únicos eventos realizados no Brasil com o princípio da igualdade de gêneros, incentivado pela World Surf League. Em todas as etapas, a premiação da categoria feminina é a mesma oferecida para a masculina. Os campeões e as campeãs de cada prova do Pro Junior e do Longboard, por exemplo, ganham 1.200 dólares. Os vice-campeões e vice-campeãs, recebem 600 dólares e os eliminados (as) nas semifinais, levam 300 dólares pelo terceiro lugar.
O Oi Pro Junior Series e o Oi Longboard Pro são uma realização da World Surf League Latin America com patrocínio da Oi como naming rights e da Subway, com todas as quatro etapas contando com o portal Waves como parceiro de mídia e sendo transmitidas ao vivo pelo site WSL e pelo Waves. Esta última etapa na Praia de Maresias também conta com o importante apoio da Prefeitura Municipal de São Sebastião, da Federação Paulista de Surf e das Associações de Surf de Maresias e de São Sebastião.