A onda de protestos depois da morte de George Floyd nos EUA atingiu em cheio a comunidade do surfe, principalmente no estado da Califórnia. Uma das vozes mais ativas nas manifestações foi a do surfista e apresentador Sal Masekela.
“Esta foi a semana mais difícil nos meus 48 anos neste Planeta”, afirmou Masekela durante o protesto pacífico que reuniu centenas de pessoas no início de junho, na praia de Encinitas, em San Diego.
“Tem sido a semana mais difícil de existir para mim e para minha pele negra. Tem sido assim para todos nós, que temos essa pele, imaginando o que é e se somos ou não americanos como todos os outros”, acrescenta o apresentador.
“Mas, para todos os surfistas que são negros, temos conhecido e experimentado desafios dentro desta comunidade que provavelmente o chocariam, porque tem sido muito difícil para as pessoas perceberem que talvez outras que não se pareçam com elas possam amar o oceano da mesma maneira”.
“O racismo não é algo que defenderemos nos Estados Unidos da América. Nós vamos levar adiante os oito minutos e quarenta e seis segundos que George Floyd experimentou naquele linchamento brutal que assistimos na televisão. Vamos passar este oito minutos inteiros em silêncio e depois vamos remar e honrar a vida dele”, completou Masekela.
George Floyd foi morto no último dia 25 de maio, em Minneapolis, Minnesota (EUA), depois de ser preso e asfixiado pelo policial Derek Chauvin. Sua morte se tornou o mais recente símbolo da violência policial contra os cidadãos negros nos EUA.
Nas redes sociais, nomes como os campeões mundiais Carissa Moore, Adriano de Souza, Italo Ferreira e Gabriel Medina também se posicionaram contra o racismo.