O Brasil tem quatro talentos da nova geração selecionados para o exemplar programa Bolsa Escolar 2020, oferecido pela ISA (International Surfing Association), entidade máxima do surfe e responsável pela inclusão do esporte no programa olímpico.
Os baianos Rayan Fadul, 14 anos, e Maria Eduarda, 12, o cearense radicado no Rio de Janeiro, Cauã Costa, 17, e a potiguar Maria Clara, 11, foram escolhidos entre os 43 atletas de 15 países diferentes, sendo declarados “Embaixadores Escolares” da instituição.
Eles tiveram seus currículos validados pela Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) junto à ISA. A seleção dos contemplados foi baseada em critérios como condição financeira, dedicação escolar e empenho no surfe.
Conheça mais Rayan surfa desde criança e teve o apoio da família desde o início. Seu pai é um shaper artesanal de pranchas e sua mãe o ensinou a nadar, então ele se interessou muito por surfar desde muito jovem.
Ele adora surfe, natureza, esportes e aprender idiomas e está determinado a ir para a faculdade e estudar biologia ou educação física para que um dia possa ensinar outras pessoas sobre essas paixões. Esta bolsa vai ajudar a cobrir os custos da competição, novos equipamentos e ajudá-lo a obter melhores classificações nacionais para que ele possa competir em competições internacionais em um futuro próximo.
Irmão de Yanca Costa, a nova campeã brasileira profissional, Cauã começou a surfar antes mesmo dos dois anos. Ele entrou em sua primeira competição aos cinco anos. Natural do Nordeste do Brasil, ele agora mora no Rio de Janeiro, onde passa muito tempo trabalhando em sua técnica de surfe.
Ao longo de sua carreira competitiva, ficou em primeiro lugar em várias competições nacionais. Vice-campeão brasileiro sub18, está classificado para o ISA World Junior Championship e também tem como foco o sul-americano Pro Júnior. Ambos têm despesas de viagem e inscrição que serão pagas com esta Bolsa ISA. Cauã reconhece a importância da educação e continuará a trabalhar arduamente para equilibrar sua intensa programação de treinos com o trabalho escolar para que possa continuar a ser um atleta e aluno completo.
Maria Eduarda surfa há nove anos e tem uma mentalidade incrivelmente determinada no que diz respeito ao surfe. Seus picos favoritos são Engenhoca, Praia do Norte e Tiririca no litoral baiano. Esse ano terminou o Brasileiro de Surfe na Sub 14 Feminina em terceiro lugar no geral.
Ela usará sua bolsa ISA para pagar as despesas de inscrição, hospedagem e viagens das próximas competições, cobrir os custos educacionais e comprar uma nova prancha de surf, com acessórios. Maria Eduarda se dedica muito ao sucesso tanto no surfe quanto na escola e sonha em fazer faculdade para poder seguir uma carreira na qual possa ajudar os outros.
Maria Clara surfa há apenas dois anos, mas já é uma atleta incrivelmente atenciosa e motivada que quer ser o melhor que pode ao fazer novos amigos, surfar ondas por todo o mundo, ajudar o planeta e melhorar suas habilidades técnicas. Ela dá importância ao aprendizado do inglês, porque reconhece o surfe como um esporte global e quer ser capaz de se comunicar o máximo possível com outros atletas, treinadores e pessoas que conhece de todos os lugares. Esta bolsa permitirá que ela faça aulas de inglês para atingir esse objetivo.
Também poderá comprar roupas de neoprene novas, o que permitirá que ela treine o ano todo e arcar com os custos de inscrição das próximas competições. Quando Maria Clara não está surfando, ela gosta de ler, assistir a vídeos de surfe e brincar ao ar livre.
O surfe fará a sua estreia como modalidade olímpica nos Jogos de Tóquio no próximo ano e já está confirmado para a edição de Paris 2024. No Japão, o Time Brasil terá força máxima, com Gabriel Medina, Italo Ferreira, Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb.