Olimpíadas de Tóquio

Sete momentos inesquecíveis

Relembre sete momentos que entraram para a história do surfe mundial com as Olimpíadas de Tóquio.

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Italo Ferreira fatura ouro inédito. ISA / Sean Evans
Italo Ferreira fatura ouro inédito.

Pela primeira vez na história, o surfe fez parte do Programa de Esportes Olímpicos dos Jogos de Tóquio em 2020. Surfistas vindos de 18 países em todos os 5 continentes entraram em cena para mostrar o surfe para o mundo. A história foi feita, os campeões olímpicos coroados e os sonhos de inúmeros jovens ao redor do planeta se acenderam, sabendo que agora eles também têm a capacidade de se tornarem olímpicos.

Por isso, listamos dez momentos para ficar na memória dos Jogos Olímpicos:

Carissa honra o sonho de Duke

Há mais de um século, o pai do surfe moderno, Duke Kahanamoku, expressou pela primeira vez seu sonho de ver o surfe se tornar um esporte olímpico.

Um havaiano nativo, Duke era um waterman versátil e um nadador de calibre olímpico. Nos Jogos de Estocolmo de 1912, Duke nadou pelos EUA e ganhou uma medalha de ouro, iniciando seu sonho de um dia ver o surfe entrar no Programa Olímpico.

Em 2021, o sonho de Duke se tornou realidade. E ainda, Carissa Moore, também havaiana, ganhou a medalha de ouro.

“Compartilhar o esporte com tantas pessoas que talvez nunca tenham assistido ao surfe foi muito especial”, disse Carissa. “Como havaiana, ver o sonho de Duke Kahanamoku se tornar realidade, é super especial. É um grande momento para o surfe ser reconhecido neste nível.”

Backflip do Ítalo

O brasileiro Ítalo Ferreira alcançou o estrelato mundial ao ser coroado Campeão Olímpico Masculino de Surfe. Ferreira tem o ouro olímpico, o ouro da World Surfing Games e um título mundial da WSL, um trio de realizações que pode nunca ser igualada.

No verdadeiro estilo do surfe, Ferreira adicionou um toque único à comemoração de sua medalha, dando um salto mortal para fora do pódio.

O último grito de Bianca

Com a 17ª posição no ranking mundial, poucos contavam com a sul-africana Bianca Buitendag no pódio das Olimpíadas. Mas, com um show poderoso de surfe e um senso de determinação incomparável, Buitendag chegou à final e conquistou a medalha de prata.

Bianca confirmou, depois de receber sua medalha, que esta competição olímpica seria, de fato, sua última. Ela usou esse momento importante para marcar o fim de sua carreira.

“Senti que tinha aproveitado ao máximo todas as oportunidades que tive na minha carreira esportiva”, disse Buitendag. “Tive apenas que finalizar e respeitar os compromissos que assumi comigo e com o meu país. Achei que essa seria a oportunidade perfeita para um encerramento. É verdade [que estou me aposentando]. Por motivos pessoais e muitos outros, estou ansiosa para a próxima fase da minha vida”.

Recuperação e renascimento de Owen

Owen Wright no pódio foi um feito que pareceria impossível alguns anos atrás. Depois de sofrer um trauma na cabeça em Pipeline em 2015, Wright teve que ficar fora do surfe competitivo por mais de um ano e reaprender seu domínio na água.

Wright não só teve sua carreira de volta aos trilhos, mas também se destacou e ganhou uma medalha de bronze nos Jogos.

Duas medalhas para a nação anfitriã

O desempenho dos surfistas japoneses nos Jogos confirmou que a Time Japão é uma potência emergente de surfe a ser reconhecida.

O japonês Kanoa Igarashi superou uma possível derrota nas semifinais e acertou um aéreo de último minuto que lhe rendeu a vitória polêmica e o colocou na final que, posteriormente, lhe rendeu a prata.

Do lado feminino, Amuro Tsuzuki, de 20 anos, brilhou e conquistou a medalha de bronze feminina, tornando o Japão a única nação a conquistar duas medalhas olímpicas de surfe.

Surfe na Cerimônia Olímpica

O surfe marcou presença nos Jogos desde o início. Quatro surfistas tiveram a grande honra de carregar a bandeira de seu país na cerimônia de abertura, e um juiz de surfe, Masato Kato, pronunciou o juramento olímpico em nome de todos os oficiais dos Jogos.

Ramzi Boukhiam do Marrocos, Daniella Rosas e Lucca Mesinas do Peru, e Rio Waida da Indonésia carregaram suas bandeiras com orgulho.

Brisbane oferece uma ponte para o futuro

Pouco antes da abertura dos Jogos de Tóquio 2020, o COI anunciou que Brisbane sediaria os Jogos Olímpicos de 2032. Pico mundialmente renomado da Austrália, Brisbane é o caminho para a inclusão de longo prazo do surfe no programa.

Com a inclusão em Paris 2024 já confirmada para ser realizada no Taiti, LA 2028 e Brisbane 2032 não poderiam ser realizadas em locais de surfe mais icônicos, criando uma trajetória brilhante para o futuro do surfe olímpico.