Muitas pessoas que já tiveram a oportunidade de conhecer a Costa Rica, certamente entendem porque o lema do país é ‘”pura vida”. Em um bom dia, em um obrigado ou até mesmo sem nenhum aparente motivo, algum costa-riquenho te olha e apenas diz: pura vida.
Exatamente esse sentimento era o que precisávamos depois de dois anos de insegurança, de mudanças de vida, de hábitos diferentes, de rotinas transformadas e de um normal muito estranho.
Sem muitos planos, eu e minha namorada recebemos uma ligação às 23h30 de um dia comum, com um convite de outros dois casais de amigos: “Bora para Costa Rica?”. Parece que apertou um botão – naquela noite já nem dormi direto e lá vieram cálculos e várias ideias para viabilizar algo que não fazíamos há mais de 720 dias: planejar e fazer uma trip.
Passagens compradas, carro alugado, hospedagens definidas, pranchas escolhidas e devidamente embaladas. Essa foi a vibe em direção ao aeroporto, ainda sem acreditar muito que aquilo estava acontecendo e com aquele friozinho na barriga de saber se todos os documentos necessários estavam ok.
Pois é, antigamente a única ansiedade era quando entrava o swell ou ainda sobre as experiências culturais que teríamos. Dessa vez, somados a isso, ainda tinha passe de saúde, seguro saúde/comprovante de vacina e aquela expectativa de fazer tudo dar certo.
Pois bem, veio o ‘Pura Vida’ mais aguardado até aquele momento, o do fiscal da imigração! Pranchas no carro, nós seis (eu, Thais, William, Graci, Thiago e Maryna) devidamente acomodados e iniciava ali uma das experiências mais incríveis e intensas da vida.
Estar na Costa Rica é estar em um dos lugares do mundo onde mais se tem contato com a natureza, onde o protagonismo é a beleza natural. Mesmo assim, ainda encontramos uma ótima estrutura, especialmente para as meninas da trip que não pegam onda, que além de aproveitarem as praias exuberantes, ainda tinham outras várias opções para curtir.
Mesmo sem nenhuma grande ondulação prevista, dividimos nossa trip em parte do tempo na região de Jacó e outra parte em Pavones, especialmente pela sabida constância de ondas que algumas praias apresentam nestas localidades.
Acordar cedo e dirigir cerca de 10min até Playa Hermosa era um exercício diário e que valia muito a pena. Ver o sol nascer de frente pro mar e pegar o melhor momento da maré cheia, com altas valas e sem crowd, fez com que a gente criasse uma conexão única com o pico.
Nossa investida para uma das esquerdas mais longas e perfeitas do planeta foi tiro certo. Além da vibe única da viagem ate o pico, que passa por um longo trecho de chão batido, foi unânime entre todos nós de que Pavones é uma das praias mais lindas das que visitamos. Um clima muito ‘pura vida’ e uma onda incrível! Foram dois dias surfando no point break de 3 a 4 pés. Um onda veloz, forte, com fundo de pedras e acima de tudo, muito perfeita!
Não foi a primeira vez que fomos para a Costa Rica, mas é impressionante como sempre parece ser. As pessoas, os lugares, as comidas, as ondas, a vibe. É sempre uma experiência única e transformadora. Talvez esse seja o real sentido ‘pura vida’.
