Um cruzeiro de passageiros equipado com submarinos de observação conseguiu capturar imagens inéditas de uma incrível criatura submarina, popularmente conhecida como água-viva fantasma gigante. Da classe Scyphozoa, o animal carrega o nome científico Stygiomedusa gigantea, e foi vistp pela Equipe de Expedição Viking nas águas do Oceano Antártico.
E o bicho faz jus ao seu nome, chegando ao comprimento de 10 metros — o problema é que ele costuma habitar as profundezas do mar, aparecendo pouco para nós, humanos. Desde 1910, quando foram nomeados oficialmente, há apenas 126 registros das enormes águas-vivas. O avistamento e filmagem foi tão incomum que rendeu um artigo, publicado no periódico Polar Research, do Instituto Polar Norueguês.
Um dos aspectos curiosos do encontro, como relatado pelos pesquisadores, é a oportunidade de pesquisas ecológicas providenciada por submersíveis privados, como o ligado ao Viking Octantis, navio de expedições e cruzeiros da empresa Viking Cruises. O evento chegou a ser comparado à pipocante ajuda que os praticantes de mergulho profundo amador deram à ciência ao registrar animais de difícil observação durante suas atividades.
A S. gigantea foi vista em águas de profundidade que varia entre 80 e 280 metros, nas águas costeiras da Península Antártica, mas a ciência acredita que a água-viva possa habitar desde a superfície da água até impressionantes 6.665 metros, se alimentando de plâncton e pequenos peixes. A campânula — bulbo que imaginamos ser a “cabeça” — pode chegar a 1 metro de diâmetro, carregando braços orais que servem como filamentos gástricos, atuando na alimentação.
Nas aventuras da Viking, pesquisadores se juntam a equipes de 36 pessoas e convidados para realizar trabalhos científicos que incluem excursões e palestras. Atualmente, isso é realizado pelas embarcações Viking Octantis e Viking Polaris. Durante as viagens, a tripulação explora e interpreta os achados como forma de participar ativamente da produção científica, que a empresa afirma ser significativa e real. Ela espera que mais artigos como esse sejam publicados no futuro, como fruto de suas expedições pelos mares do mundo.
Fonte Polar Research