Finalmente chegou a nossa vez de ver os Red Hot Chili Peppers! A banda fará cinco shows no Brasil passando por Rio de Janeiro (04/11), Brasília (07/11), São Paulo (10/11), Curitiba (13/11) e Porto Alegre (16/11).
Essa é a décima vez que eles pousam em terras brasileiras e será a primeira com John Frusciante após 21 anos (último show do RHCP com ele na guitarra foi em 2002). Para você se preparar da melhor forma, trouxemos algumas informações e curiosidades e o que podemos esperar das apresentações com base no que tem feito em outros países.
Além da formação clássica dos Chili Peppers, que é o Anthony Kiedis (vocal), Flea (baixo), John Frusciante (guitarra e backing vocals) e Chad Smith (bateria), em alguns momentos pode ser que apareça um quinto “integrante” no palco. É o Chris Warren, técnico de bateria do Chad que em algumas músicas toca teclado e outros instrumentos.
Anthony está usando bota ortopédica e proteções nas pernas durante várias apresentações na turnê. Ao longo dos últimos anos, se tornou algo comum. Já chegaram até a adiar alguns shows por conta dessas lesões. Mas isso não impede em nada ele fazer as famosas danças, tantos que muitos nem percebem essa proteção que tem usado.
O set list terá cerca de 18 músicas executadas por volta de 1h40min, com muitas jams e improvisos, que é uma característica sempre presente nos shows do RHCP nesses 40 anos de estrada. Então não espere ouvir os solos iguais ao que ouvimos no álbum. Isso certamente não vai acontecer. Também é tradicional as piadas e conversas entre o Flea e o Anthony.
O começo do show
Quando as luzes se apagam momentos antes dos Chili Peppers subirem no palco, toca uma música clássica composta pelo francês Edgard Varèse que viveu entre 1883 e 1965. A música se chama Amériques que ele fez em 1921 nos Estados Unidos, onde estava morando. A versão que tocam é uma gravação de 2001 que tem a regência do francês Pierre Boulez junto com a Orquestra Sinfônica de Chicago.
A abertura é um improviso entre Flea, John e Chad, com Anthony Kiedis entrando no palco apenas segundos antes de começar a cantar a primeira música que ou será Can’t Stop ou Around The World (Can’t Stop é tocada mais vezes).
O “meio” do show
O solo da música Eddie, que é uma música que surgiu como homenagem ao Eddie Van Halen dias depois que ele faleceu e lançada no mais recente álbum Return of the Dream Canteen em outubro 2022, é um dos pontos altos do show. O começo dela lembra By The Way, mas não é. Muitos se confundem.
Quando John Frusciante retornou a banda no final de 2019, nos primeiros ensaios eles tocavam as músicas dos três primeiros álbuns do RHCP, quando ele ainda não estava na banda. Entre as músicas dos anos 80 que podemos ouvir nos shows, deve rolar Me & My Friends, Out in LA ou Nobody Weird Like Me e até Stone Cold Bush. Não devem tocar mais que uma música dessa década.
Eles não estão tocando as músicas do One Hot Minute (Dave Navarro na guitarra) e I’m With You e The Getaway (álbuns lançados com Josh Klinghoffer). John Frusciante não toca músicas desses álbuns. No máximo, vamos poder curtir a música Pea, que o Flea além de tocar o baixo canta sozinho.
John Frusciante costuma cantar sozinho alguns covers (voz e guitarra). As que ele tem tocado recentemente são essas: Danny’s Song (Loggins & Messina cover), Dreamboy/Dreamgirl (Cynthia & Johnny O cover), Tiny Dancer (Elton John cover) e Your Song (Elton John cover).
O final do show
A última música antes do bis é a By The Way e encerram tradicionalmente com Give It Away. Além dessas duas, as outras duas músicas que fizeram parte de praticamente todos os shows da turnê são Californication (com o tradicional improviso entre o Flea e John antes) e Black Summer, hit mais recente do Red Hot e a primeira lançada nessa volta do Frusciante.
Se você quer muito ouvir o hit Otherside, pode ficar frustrado. Eles não tocaram nem na metade dos shows que tem feito. Under The Bridge, outro grande hit, também não é certeza que vão tocar. Em muitas apresentações a substituíram por I Could Have Lied, a outra balada do álbum Blood Sugar Sex Magik. Lembrando que, por ser uma turnê na América Latina, lugar que é conhecido no mundo inteiro por ter os fãs mais empolgados, eles podem mudar o setlist e o que tem feito em outros continentes.