Um dos grandes nomes da nova geração, o paulista Ryan Kainalo, 18 anos, é mais que uma promessa do surfe brasileiro. É uma realidade! E uma realidade que incomoda demais os adversários, justamente pelo surfe atrevido, ousado, moderno, agressivo e simplesmente de muita naturalidade nas manobras convencionais ou progressivas.
Não vai demorar muito para ele estar na elite, isso é certo. Afinal, ele já enfrenta e supera caras muito bons nas baterias. Nesta temporada havaiana, ele fez bonito em vários mares de responsa em Pipeline ou Sunset.
Ryan é campeão mundial ISA e também garantiu vaga no Challenger Series. Filho do publicitário Alex Miranda e da empresária Renata Cassol, ele mora em Ubatuba, mas é cidadão do mundo.
Nesta entrevista exclusiva para a coluna Anarquilha, ele fala um pouco de sua carreira, da temporada no Havaí e do que ele pensa do esporte.
Qual balanço você faz de sua temporada no Havaí?
Foi uma temporada alucinante e que deu altas ondas! Acho que não tem algum lugar pra treinar nessa mesma época em nenhum lugar do mundo. Surfei bastante em Pipeline, Off- The-Wall, Backdoor e Sunset.
Qual foi teu quiver para a temporada?
Levei 16 pranchas para o Havaí, de marcas diferentes e os tamanhos foram de 5.11 até 7.0.
Esta temporada tem sido marcada por alguns acidentes em Pipeline, mas você apareceu nos vídeos surfando bem à vontade. Quais cuidados você toma para encarar aquela onda?
Sim, essa temporada tivemos vários acidentes em pipeline! Sempre que surfei lá estava de capacete.
Quais surfistas da nova geração são os caras do futuro?
Rodrigo Saldanha, Cauã Costa, Heitor Müller, Léo Casal e Gabriel Klausnner. Entre outros fatores, ainda vão dar muito trabalho.
Alguns surfistas icônicos tem abandonado o tour ultimamente. Isso liga um sinal amarelo na galera da nova geração e que sonha com uma carreira no surfe competitivo?
Acredito que isso seja normal! Os caras que estão se aposentando já fizeram muito! Muito tempo fazendo a mesma coisa! Acho que é uma fase que todos vamos passar.
Como você se prepara para estar pronto para destruir nas baterias?
Antes das baterias eu tento me conectar o máximo com tudo, para entrar o mais pronto possível.
Fora do surfe, o que te atrai como diversão ou lazer?
Amo estar com meus amigos! Jogando, conversando ou surfando mesmo.
De que maneira o apoio da família impacta no seu surfe?
O apoio da família è o mais importante! Faz a diferença.
Entre tantas características marcantes do seu surfe inovador, qual sua arma mais forte numa bateria?
Acredito que o aéreo seria minha carta surpresa.
Você é um dos surfistas mais promissores da nova geração. Isso gera muita pressão ou você tira de letra?
Isso me motiva! Não vejo isso como pressão.
Qual surfista, do tour ou não, te inspira mais?
Gabriel Medina.
Mudando de assunto, confira abaixo algumas pedradas mais ou menos do momento, outras nem tanto, e que me inspiram durante o dia-a-dia de trabalho no Waves!
Espero que apreciem os vídeos e aguardem a nova coluna com uma super entrevista com o lendário shaper Kiko, também conhecido como Lord K, um dos grandes nomes dos anos 70 e que até hoje recebe encomendas!
Pra finalizar, Rock Lobster, do B-52s, banda antiga dos tempos do new wave, anos 80. Sou apaixonado pelas vocalistas Cindy Wilson e Kate Pierce. Cantam muito e ainda são lindas!
Confira no Spotfy a íntegra das músicas da playlist Around the Waves.
