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Mais uma polêmica de julgamento se apresenta. A última da vez foi na bateria 3 do round 32 do Gold Coast Pro 2024, em Snapper Rocks, Austrália, entre Nat Young (EUA), Charly Quivront (FRA), Marco Mignot (FRA) e Mikey McDonagh (AUS).
O norte-americano Nat Young precisava de 7.21 pontos para avançar às oitavas de final do evento. Faltando pouco mais de um minuto para o término da bateria, Nat pegou uma boa onda, executou manobras fortes e recebeu a nota 4.03. Essa pontuação, no entanto, não foi suficiente para a sua classificação.
Depois, em um raro momento, a WSL reconheceu que houve um erro na nota de Nat. Em uma publicação no Instagram, a entidade declarou: “O Head Judge e Nat se reuniram para uma avaliação e assistiram a todas as ondas de Nat, Mikey e Charly. O Head Judge reconheceu que a nota 4.03 de Nat foi, de fato, subestimada e que a onda deveria ter recebido entre 5 e 6 pontos. Embora essa revisão não tenha sido suficiente para classificar Nat para as oitavas de final, a WSL fez questão de reconhecer o erro cometido”.
Em seguida, Nat Young comentou na postagem, discordando da avaliação de que sua onda deveria ter recebido 5 ou 6 pontos. “Pelo que entendi, a onda foi considerada perdida, o que resultou na nota 4.03. Eu nunca concordei que fosse um 5 ou um 6”, fala.
O ocorrido gerou uma grande repercussão nas redes sociais, com diversos comentários de outros atletas profissionais, incluindo os campeões mundiais Gabriel Medina, Filipe Toledo e Kelly Slater. Gabriel Medina comentou ironicamente: “estou aqui para ver os comentários”. Filipe Toledo seguiu na mesma linha, dizendo “não sei o que dizer”.
Kelly Slater, por sua vez, foi mais fundo no debate. “Parece que o sistema de julgamento tem dado muita ênfase ao ‘tamanho da onda’, em vez de focar na qualidade do surfe. É positivo que isso esteja sendo reconhecido e discutido abertamente. Não deve haver espaço para defesas nessas avaliações, pois todos somos humanos”, afirma o lendário surfista.
Tatiana Weston-Webb também se manifestou e questionou o motivo de revisões de notas não serem realizadas no CT. “Por que isso não é feito no nível do CT?”, pergunta.
