LayBack Pro Rio

Domingo de decisão

Títulos do LayBack Pro Rio, que rola nas ondas da Prainha, Rio de Janeiro (RJ), serão decididos neste domingo (14). Daniel Templar faz notas excelentes e é destaque do terceiro dia do evento.

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Daniel Templar fez recordes do sábado de altas ondas na Prainha.

Os títulos do Layback Pro Prainha apresentado por Instituto O Grito serão decididos na manhã deste domingo (14) na capital do Rio de Janeiro. O sábado (13) começou definindo as semifinais femininas, depois foram realizadas duas rodadas para formar as quartas de final masculinas, que vão abrir o último dia da etapa carioca do World Surf League (WSL) Qualifying Series (QS). As ondas foram subindo durante o dia e a batalha pelas oito vagas aconteceu em condições desafiadoras, com séries passando dos 2 metros de altura na Prainha. A expectativa é de que o domingo também seja de altas ondas e as quartas de final serão iniciadas as 8h no paraíso ecológico da capital do Rio de Janeiro.

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O saquaremense Daniel Templar fez os recordes do sábado – nota 8.83 e 15.50 pontos – e vai disputar a primeira bateria do domingo com um experiente local da Prainha, Leandro Bastos. Na segunda entra o cearense campeão do Layback Pro Prainha no ano passado, Cauã Costa, com o paraibano José Francisco. Na terceira, outro local da Prainha, Vitor Ferreira, enfrenta o ubatubense Daniel Adisaka. E outro paulista de Ubatuba, Ryan Kainalo, disputa a última vaga para as semifinais com o argentino Nacho Gundesen.

Laura Raupp perde, mas segue líder do ranking sul-americano.

Nas quartas de final femininas, que abriram o sábado na Prainha, a peruana Arena Rodriguez Vargas derrotou a defensora do título do Layback Pro Prainha e líder do ranking da WSL América do Sul, Laura Raupp. A nova campeã sul-americana Pro Junior da WSL, vai enfrentar a argentina Vera Jarisz na primeira semifinal. Na segunda, está a única brasileira classificada, Sophia Medina, contra outra peruana, Daniella Rosas. As duas vieram direto do Challenger Series da África do Sul, para competir na Prainha. Sophia Medina disputou as semifinais do Ballito Pro na segunda-feira desta semana.

Laura Raupp também estava na África do Sul, onde festejou a vitória na competição Pro Junior realizada em Ballito, antes de iniciar o Challenger Series. A catarinense lidera a temporada 2024/2025 da WSL América do Sul com vitórias nas duas primeiras etapas, em Torres no Rio Grande do Sul e em Saquarema no Rio de Janeiro. Laura ainda foi vice-campeã na terceira em Alagoas, onde a peruana Daniella Rosas quebrou a sua invencibilidade. Agora Laura Raupp defendia o título do Layback Pro Prainha, mas terminou em quinto lugar. A peruana Arena Rodriguez Vargas começou bem com nota 6, que foi decisiva para vencer a líder na primeira quarta de final.

Peruana Arena Rodriguez Vargas tem boa performance no sábado. 

“Estou muito feliz de ter passado a bateria e essa primeira onda foi bem importante”, diz Arena Rodriguez Vargas. “Quando eu vi a onda vindo, eu remei com tudo, porque sabia que ela ia ser boa, que ia abrir pra fazer bastante manobras. Depois consegui um back-up, quando a Laura tinha surfado uma onda boa também. Eu sabia que teria que ter uma segunda nota boa, para não ficar muito pressionada e deu tudo certo”.

Arena Rodriguez Vargas confirmou o título sul-americano Pro Junior da WSL em 2024, chegando nas finais de todas as quatro etapas. Só não venceu a terceira em Lobitos, mas ganhou as outras duas realizadas no Peru, em Punta Hermosa e Huanchaco, além da única no Brasil, em Saquarema. “Estou muito feliz de ter feito duas finais no Peru e ganhado o título sul-americano Pro Junior lá. Mas aqui quero somar pontos no ranking que classifica para o Challenger Series, para tentar pegar o segundo lugar no ranking aqui”.

Daniella Rosas defende vice-liderança no ranking no Layback Pro Prainha.

O ranking regional da WSL América do Sul decide os títulos sul-americanos da temporada e classifica 7 homens e 3 mulheres para o Challenger Series, circuito de acesso para a elite do World Surf League Championship Tour (CT). Laura Raupp não perde a liderança no Layback Pro Prainha e as peruanas Daniella Rosas e Arena Rodriguez Vargas ocupam a segunda e terceira posições, respectivamente. Sophia Medina ficou em segundo no ranking da temporada passada, que Tainá Hinckel foi a campeã. Sophia fez o único duelo brasileiro das quartas de final e derrotou a cearense Juliana dos Santos, chegando nas semifinais de novo, como as que disputou na segunda-feira na África do Sul.

“Eu nunca fiz semifinais assim em campeonatos seguidos, então estou feliz e quero aproveitar o momento, mas com o pé no chão, porque aqui é outra história”, fala Sophia Medina. “Está bem difícil, com muito back-wash hoje e tem umas ondas grandes até, mas que fecham. Está difícil de ler o mar, você não sabe qual onda vai ser boa e só tenho que agradecer a Deus por estar me dando paciência. Foi uma bateria difícil, porque eu sabia que a Ju (Juliana dos Santos) tinha potencial pra virar o resultado, então tive que jogar o jogo ali e feliz de ter passado. Agora é foco na próxima”.

Sophia Medina é única brasileira entre semifinalistas na Prainha.

Defensor do título – Se Laura Raupp não tem mais chances de repetir a vitória do ano passado, o cearense Cauã Costa, que há muitos anos mora perto da Prainha, segue na busca de um bicampeonato inédito na etapa carioca do Layback Pro. Ele estreou com vitória na primeira bateria masculina do sábado, despachando o vice-líder do ranking, Franco Radziunas, da Argentina. Depois, Cauã barrou o quarto do ranking, Igor Moraes, além do também paulista Caio Costa, se classificando para as quartas de final em segundo lugar no confronto que Daniel Templar fez os recordes do sábado na Prainha.

“Tem altas ondas aqui na Prainha. O mar amanheceu um pouco fraco, mas foi aumentando no decorrer do dia e a verdadeira onda da Prainha deu as caras. Está animal”, destaca Cauã Costa. “Mais cedo, eu competi numa condição mais clean, mais perfeita, agora o mar já subiu bastante, com ventania lá fora bem forte, mas tem altas ondas. É só se divertir lá dentro, porque está animal. Estou amarradão de ter passado pras quartas de final agora e, se Deus quiser, levar o caneco de novo aqui do lado de casa. É o que eu mais quero”.

Cauã Costa segue em busca de inédito bicampeonato no Layback Pro Prainha.

Melhor do dia – A vitória no Layback Pro Prainha também é o desejo do Daniel Templar. O saquaremense tinha conseguido uma nota excelente – 8.0 – pela manhã e no mar desafiador da tarde, arrancou um 8.83 com seu ataque insano numa morra na Prainha, fazendo um novo recorde de 15.50 pontos neste ano. O paulista Daniel Adisaka depois igualou esse 8.83 na última bateria do sábado, mas a maior nota do campeonato continua sendo o 9.17 do catarinense Walley Guimarães, com um aéreo full-rotation na quinta-feira.

“Estou amarradão, tem altas ondas e eu gosto muito aqui da Prainha. As condições estão muito boas, o mar subiu bastante e bora pra cima, porque amanhã parece que o mar vai acordar bom e to instigadão pra passar as baterias e ganhar o campeonato”, relata Daniel Templar. “Eu gosto muito dessas condições. Com o mar maior assim, eu me conecto bastante e essa onda aqui é bem parecida com Saquarema, uma onda bem pesada e é isso aí. Estou amarradão de ter passado, ter soltado meu surfe e bora pra cima”.

Daniel Templar mostra comprometimento com seu ataque na Prainha.

Top 7 do ranking– Dos surfistas que chegaram no Layback Pro Prainha entre os top 7 do ranking, grupo que se classifica para o Challenger Series, o único que passou para as quartas de final no sábado, foi o paraibano José Francisco, o Fininho que há muitos anos mora em Florianópolis e é o atual bicampeão estadual catarinense de 2022 e 2023. Ele barrou o número 3 do ranking, Peterson Crisanto, e subiu da sexta para a quinta colocação. Fininho falou sobre as condições desafiadoras do mar na Prainha.

“É a Natureza! A gente tem que aceitar e graças a Deus estou preparado, o equipamento está bom, o Havenga (prancha) acreditando em mim cada vez mais e, quando o equipamento está bom, a confiança aumenta”, diz José Francisco. “Na minha primeira bateria, as ondas tinham um tamanho, mas com menos vento e estava um pouco mais fácil de surfar. Mas agora, nessa segunda bateria, foi bem intenso. Só consegui pegar duas ondas, mas é isso e estou preparado, porque amanhã vai ter altas ondas também”.

José Francisco é único top 7 que se classifica para quartas de final.

Local da Prainha – O bom público que encheu a Prainha no sábado de céu nublado e chuvas ocasionais durante o dia, para assistir o show de surfe no Layback Pro Prainha, vibrou com a classificação do surfista local, Vitor Ferreira. Ele estava sendo eliminado pelos paulistas Ryan Kainalo e Eric Bahia até o último minuto, quando achou uma onda para arriscar tudo, atacando forte para conseguir uma nota 7,17, que o levou da eliminação para a vitória na bateria. Ultrapassou até o bicampeão sul-americano Pro Junior da WSL em 2023 e 2024, Ryan Kainalo, que avançou em segundo lugar.

“Desistir nunca é uma opção. Estou em casa e sabia que Deus e a Prainha iam me mandar uma onda e não desisti em nenhum momento”, conta Vitor Ferreira. “Eu corri por fora a bateria inteira, mas sabia que uma hora ia vir uma onda para encaixar as manobras. Estou muito feliz de estar em casa, com a família e os amigos. Essa energia com certeza fez a diferença pra vir a onda pra mim no final. A Prainha hoje está com muita energia, swell de sul, bem desafiador, difícil pra entrar, correnteza, o mar subiu muito durante o dia, com período gigante de 19 segundos. Eu tava com o equipamento perfeito, prancha mágica e é isso, desistir jamais, ainda mais em casa, então vamos pra cima no Finals Day amanhã.”

Vitor Ferreira consegue classificação no último minuto da bateria.

Programação oficial – LayBack Park: Rua Fernando Bujones, 66 – Recreio dos Bandeirantes

Sábado (13) à noite – Festa Oficial do Layback Pro com Emanno convida Helite Bentes na Longboard Paradise na Av. Paulo Tapajós, 616 – Recreio

Domingo (14) às 14h na Prainha – After Contest com DJ David Tabalipa
Domingo (14) às 18h no Layback Park: Layback Pro After Party – Encerramento

O Instituto O Grito apresenta o LayBack Pro Prainha 2024, uma realização da Agência Esporte & Arte (AEA), licenciada pela WSL Latin America para promover uma etapa do Qualifying Series (QS), com patrocínios da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, Greenish, Burguer King, Corona e Real Estruturas, além do apoio da Evoke, Fu-Wax e Orla Rio; com suporte da ASAP (Associação dos Surfistas e Amigos da Prainha) e Feserj (Federação de Surf do Estado do Rio de Janeiro), parceria de mídia do Waves, o Hotel Oficial é o Ribalta, com a FIRMA produzindo a transmissão ao vivo do evento viabilizado pela Secretaria de Esporte e Lazer do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Prainha bomba com altas ondas de 2 metros de altura no sábado.

LayBack Pro Rio 

Quartas de final Masculino – 5.o lugar com 500 pontos

1 Daniel Templar (BRA) x Leandro Bastos (BRA)
2 Cauã Costa (BRA) x José Francisco (BRA)
3 Vitor Ferreira (BRA) x Daniel Adisaka (BRA)
4 Nacho Gundesen (ARG) x Ryan Kainalo (BRA)

Semifinais Feminino – 5.o lugar com 500 pontos

1 Arena Rodriguez Vargas (PER) x Vera Jarisz (ARG)
2 Sophia Medina (BRA) x Daniella Rosas (PER)

Quartas de final Feminino – 5.o lugar com 500 pontos

1 Arena Rodriguez Vargas (PER) 9,83 x 8,73 Laura Raupp (BRA)
2 Vera Jarisz (ARG) 7,43 x 5,90 Catalina Zariquiey (PER)
3 Sophia Medina (BRA) 7,00 x 2,93 Juliana dos Santos (BRA)
4 Daniella Rosas (PER) 10,73 x 7,07 Julia Duarte (BRA)

Terceira fase Masculino – 3.o=17.o lugar (200 pontos) e 4.o=25.o lugar (150)

1.a: 1 Cauã Costa (BRA), 2 Leandro Bastos (BRA), 3 Cauet Frazão (BRA), 4 Franco Radziunas (ARG)
2.a: 1 Igor Moraes (BRA), 2 Thiago Passeri (ARG), 3 Kaue Germano (BRA), 4 Rodrigo Saldanha (BRA)
3.a: 1 Peterson Crisanto (BRA), 2 Caio Costa (BRA), 3 Sunny Pires (BRA), 4 Walley Guimarães (BRA)
4.a: 1 José Francisco (BRA), 2 Daniel Templar (BRA), 3 Gustavo Henrique (BRA), 4 Weslley Dantas (BRA)
5.a: 1 Vitor Ferreira (BRA), 2 Lucas Silveira (BRA), 3 Philippe Chagas (BRA), 4 Mariano Arreyes (ARG)
6.a: 1 Eric Bahia (BRA), 2 Valentin Neves (BRA), 3 Rickson Falcão (BRA), 4 Mateus Sena (BRA)
7.a: 1 Nacho Gundesen (ARG), 2 Wesley Leite (BRA), 3 Kailani Renno (BRA), 4 Anderson da Silva (BRA)
8.a: 1 Daniel Adisaka (BRA), 2 Ryan Kainalo (BRA), 3 Felipe Oliveira (BRA), 4 Lucas Vicente (BRA)

Quarta fase Masculino – 1.o e 2.o=Quartas de Final / 3.o=9.o lugar (350 pontos) e 4.o=13.o lugar (295)

1.a: 1 Daniel Templar (BRA), 2 Cauã Costa (BRA), 3 Igor Moraes (BRA), 4 Caio Costa (BRA)
2.a: 1 José Francisco (BRA), 2 Leandro Bastos (BRA), 3 Thiago Passeri (ARG), 4 Peterson Crisanto (BRA)
3.a: 1 Vitor Ferreira (BRA), 2 Ryan Kainalo (BRA), 3 Eric Bahia (BRA), 4 Wesley Leite (BRA)
4.a: 1 Nacho Gundesen (ARG), 2 Daniel Adisaka (BRA), 3 Lucas Silveira (BRA), 4 Valentin Neves (BRA)