Figue Diel

Exemplo de superação

Em entrevista para Jornal Página 3, Elias Figue Diel fala sobre medalha de ouro conquistada no Mundial Parasurfe da ISA, trajetória e mais.

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Elias Figue Diel comemora medalha de ouro no Mundial Parasurfe da ISA 2024.

Elias Figue Diel conquistou medalha de ouro no Mundial Parasurfe da ISA, em Huntington Beach, Califórnia (EUA). A conquista, que esteve nos planos do atleta desde o ano passado, foi marcada pela superação de um desafio: uma interferência da arbitragem que o impediu de levar o título em 2022.

Nos últimos oito anos, Figue tem sido uma presença constante no pódio dos Mundiais de Parasurfe. Desde sua primeira participação nos Estados Unidos, o brasileiro coleciona medalhas e inspira com sua história de superação. Cego desde os 16 anos, Figue voltou a surfar e, aos 51 anos, é tricampeão mundial, além de ser professor de yoga e faixa preta de jiu-jitsu.

O atleta concedeu entrevista para o portal Página 3 e contou um pouco da sua trajetória nas competições e mais. “No ano passado, sofremos uma interferência na final, eu estava liderando com bastante vantagem, mas no final os juízes me deram uma interferência e acabei ficando em terceiro lugar. Então já saí de lá ano passado com aquela vontade, determinação de voltar esse ano para realizar, conquistar esse título, então foi um ano inteiro planejando, treinando e focando, meditando para este título vir”, fala Figue.

Em outro trecho da conversa, Figue fala sobre a forte gripe que teve ao retornar ao Brasil. “Me desgastei muito, foi cansativo, emocionalmente foi muito intenso, muito forte, baixou bastante a imunidade, o clima muito diferente, muito sol, muito quente, deserto, e muito seco e de manhã cedo muito frio. Essa combinação me deixou bem debilitado, cheguei com sinusite, bronquite, asma, tive que ir direto para o ambulatório fazer soro, me hidratar, porque fiquei bem prejudicado e como já tenho um histórico de pneumonia, a gente se preocupou bastante, mas agora está tudo bem, estou me recuperando em casa”, revela.

Figue também comentou sobre o cenário do parasurfe no Brasil. “O cenário do parasurfe no Brasil está crescendo de maneira muito forte, vertiginosamente mesmo, porque tivemos uma alteração na presidência da Confedederação Brasileira há três anos, começou a ter bastante incentivo, as seletivas começaram a acontecer, porque antes não tinha, eram só convocações, isso gerou muito desconforto dentro da comunidade do parasurfe, porque não é justo uma convocação sem uma seletiva. Então é um cenário em forte crescimento, esse ano tivemos duas etapas de Brasileiro de parasurfe no Nordeste, uma na Paraíba que foi seletiva e o Brasileiro em Porto Galinhas que trouxeram bastante estrutura e apoio para os atletas e isso está sendo muito importante para a evolução do parasurfe”, diz.

Fonte Página 3