Olimpinho iniciou uma nova vida de vitórias com o longboard. Foto: Rafael Sobral. |
Lá, começou a trabalhar e morar numa fábrica de prancha de um conhecido, porém a renda era pouca e Olimpinho mal tinha tempo para surfar, esporte ao qual dedicou a sua vida.
Olimpinho voltou a se encontrar como o surf quando começou a trabalhar na escolinha de Rico de Souza. Ali, tinha mais contato com o mar e pôde voltar a treinar.
Olimpinho com o sorriso de sempre junto a outro legend baiano Bernado Mussi. Foto: Divulgação. |
Um dos alunos, o empresário Ari Svartsnaider, começou a ajudá-lo depois de ter aulas particulares com o baiano. Ari insistia que Olimpinho deveria migrar para o pranchão, mas Olimpinho relutou até o dia que foi presenteado pelo mesmo com um longboard e uma viagem para a Costa Rica.
Naquele momento iniciava-se uma grande amizade e os primeiros passos de Olimpio
sobre um pranchão. Sua adaptação foi rápida, afinal, Olimpinho era um surfista
de mão cheia.
Olimpinho botando para baixo em Playa Hermosa, na Costa Rica. Foto: Renato Lobão. |
Olimpinho estava pronto para realizar o sonho de todo surfista, ir ao Hawaii.
“Como um baiano, negro e sem um tostão no bolso vai conseguir um visto para o
Estados Unidos? Mesmo com uma declaração de Ari, como vão acreditar que eu
não vou decidir ficar por lá”, pensou o baiano. Mas contra todas as probabilidades, ele conseguiu o visto.
Olimpinho com equipa brazuca em Portugal. Foto: Arquivo pessoal Marcelo Lima. |
uma desistência. Olimpinho supreendeu vencendo bateria após bateria até
a final.
Era clara a vitória do baiano na final, mas o evento terminou sem um
resultado. Divulgaram o resultados e a vitória do mais novo campeão do longboard
apenas 15 dias depois.
Retornando ao Brasil, Olimpinho tinha de volta a carreira de surfista profissional, agora como longboarder.
Carregado após vitória no Rio Red Bull Longboard International 1999. Foto: Herbert Passos Neto. |
Esta vitória rendeu o título de campeão brasileiro de longboard e o dinheiro que faltava para terminar de construir sua casa na praia da Macumba.
Casa que acolhia diversos amigos conquistados ao viajar pelo Brasil e o mundo em busca do título mundial de longboard.
Olimpinho me contou esta história há sete anos,
Marcelo Freitas, Olimpinho e Rafael Sobral se divertindo no Sega World em Sidney. Foto: Arquivo pessoal. |
Combinei então que escreveria quando chegasse ao Brasil. Fiz dois filmes com o baiano e, pela correria do dia-a-dia, nunca pude escrever como pretendia. Infelizmente, chegou o deadline.
Como para maioria dos amigos, ainda não caiu a ficha da morte dele. Espero que seja vitorioso nesta nova vida como foi aqui, meu amigo baiano.
Confira galeria de fotos da carreira do campeão
Confira abaixo Olipinho em vídeo:
Entrevista e barca para Taguaiba (Hang with us)
Vitória na Macumba (Petrobras Longboard Classic)
Barca para Moçambique (Longboard 2000)