Depois de amargar três derrotas consecutivas no World Tour, finalmente o nove vezes campeão mundial Kelly Slater voltou a vencer uma bateria na elite mundial.
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Ele não vencia um duelo desde a abertura do Tour na Gold Coast e passou pelo pernambucano Bernardo Pigmeu no segundo confronto da repescagem do Hang Loose Pro.
Surfando com uma quadriquilha, Slater conseguiu sua melhor nota ao pegar uma direita, executar uma rasgada e completar um aéreo rodando na junção sem colocar as mãos na borda.
Confira abaixo o que diz um dos maiores ídolos do surf no mundo.
Sua chegada no Brasil foi um pouco estressante neste ano, o que aconteceu?
Estava tentando chegar aqui havia três dias. Fui até a Califórnia resolver o meu visto e pegar as minhas pranchas, então perdi a minha conexão em Miami. Tive que dormir lá e trocar de companhia aérea, já que não havia lugar no vôo da American. Depois perdi minha conexão em São Paulo e minhas pranchas também. Só consegui recuperá-las ontem à noite.
Como tem sido surfar com essa quadriquilha?
Estou testando pranchas diferentes em diversas condições. Venho surfando algumas vezes com esta quadriquilha e procuro ajustá-las conforme as condições de ondas que encontro.
Você tem muitos fãs aqui no Brasil. Como é voltar para cá depois do título, sendo que no ano passado você não veio?
Obviamente não vim para cá com os resultados que eu pretendia no começo do ano. Estou em uma posição que é agora ou nunca. Na verdade não estou tendo um bom ano nas competições e por pouco não desisti de vir para cá e para J-Bay.
Queria descansar um pouco e ficar com minha família, ter um tempo de folga e voltar apenas na etapa de Trestles, mas nos últimos instantes resolvi vir, porque no ano passado eu não vim depois de ter conquistado o título e achei que os fãs ficariam desapontados comigo.
Você tem uma história boa com o Brasil. Venceu aqui em 2003 e depois faturou o título com a derrota de Andy. Você se sente confortável surfando aqui?
Para ser bem honesto é complicado surfar aqui. É preciso ter uma estratégia boa e às vezes, com a mudança do mar, dificulta o posicionamento dentro da água.
As ondas entram em diversos pontos. Às vezes mais pra fora e às vezes mais no inside. É uma onda longa que exige remada forte. Até lembra um pouco Sunset Beach (Hawaii). Portanto é necessário ter paciência, sorte e estar no lugar certo.
Pelo visto até o momento, você apontaria um favorito ou um adversário forte para os próximos rounds?
Eu vi o Parko pegar boas ondas e o Mick pegar uma muito boa, mas como eu disse antes, é necessário estar no lugar certo. As direitas estão mais difíceis por causa da forte correnteza. As esquerdas estão mais fáceis e se você pegar uma dessas realmente boa, realmente vencerá o confronto.