No último sábado, a previsão anunciava um swell para a costa Sul do litoral brasileiro. A expectativa não era das melhores, mas quando o assunto é a Laje da Jagua (SC), vale sempre ficar de olho.
Sendo assim, o fotógrafo Lucas Barnis e seu amigo Marcelo Gaúcho chegaram bem cedo na base da Atow-inj (Associação de tow in de Jaguaruna).
Thiago Jacaré, sem poder surfar em função de um caldo sinistro na Jagua em maio do ano passado, pilhou André Paulista e Plínio Cruz para uma investida. A galera topou. Especialista em reboques no pico, Jacaré cumpriria a função de piloto e colocaria os surfistas nas bombas.
A pilha foi certeira. Mesmo sem apresentar condições clássicas, a laje funcionava e a primeira sessão de 2011 aconteceu em ondas mexidas.
As séries ultrapassavam 2 metros e quebravam sobre a bancada quase seca. Em várias oportunidades, as pedras ficaram expostas.
André Paulista foi o primeiro a surfar e fez a melhor onda do dia. Sempre atirado, o local Plínio Cruz sofreu um corte profundo no calcanhar e surfou pouco.
Marcelo Gaúcho foi o último a cair e se deu mal. Arremessado pelo lip, bateu com tudo nas pedras, ficou 15 segundos submerso e quando subiu estava nitidamente apavorado.
Depois do caldo, a equipe resolveu abortar a sessão. Na Jagua, o dilema funciona ao contrário. Ou seja: quanto menor mais desafiador.
Chegando na praia, o médico radiologista João Moreno, agora membro da equipe Atow-inj, socorreu os necessitados e fez os curativos.
Vale ressaltar, o caldo do Gaúcho confirmou que para surfar ondas deste calibre o surfista deve, em primeiro lugar, adquirir amplo conhecimento e preparo ou certamente pagará caro pela ousadia.
Agradecemos o Corpo de Bombeiros e os voluntários pelo suporte dado na beira da praia.