Luis Saraiva

A primeira temporada

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Luis Saraiva desce a ladeira em Sunset. Foto: Arquivo Pessoal.

Carango style usado no transporte. Foto: Arquivo Pessoal.

Entre os meses de novembro e dezembro, o salva-vidas gaúcho Luis Saraiva, 32, esteve pela primeira vez no Hawaii.

Atual campeão brasileiro de SUP, ele falou sobre a viagem na entrevista concedida a Bruno Lemos, correspondente do Waves no arquipélago.

É a sua primeira vez no Hawaii? Qual foi o propósito da sua viagem?

Correr a última etapa do mundial de SUP em Big Island para tentar me classificar para o circuito no próximo ano, além de conhecer a onda de Sunset, sede da primeira etapa deste mundial.

Como você se envolveu com o stand up paddle e por que decidiu se dedicar a essa atividade?

Me envolvi em meados de 2008 para manter a forma física e para o salvamento. Acabei gostando. Atualmente sou campeão brasileiro de SUP nas ondas.

O North Shore é diferente do que você imaginava?

Sim, bem diferente. Achei que fosse só Pipeline, Sunset e Waimea. Mas tem muita onda por aqui, para todos os gostos e surfistas, dos 5 anos até os 90 anos de idade.

Você só surfou de stand up paddle aqui no North Shore? Qual as pranchas que trouxe?

Sim, somente SUP. Usei mais minha 9’8” em Sunset, mas também trouxe uma 8’0” para correr em Big Island e mais uma 8’6” para dias médios.

Qual foi o melhor momento da viagem?

Toda a trip foi alucinante, mas com certeza vai ficar marcada a sessão de duas horas em Sunset grande e sem crowd, somente com quatro surfistas na água. A vibração foi muito boa, tenho surfado com meus ídolos. Inexplicável a sensação.

E o pior?

Levei uma série na cabeça em Sunset no dia maior e fui praticamente varrido do mar. Em um dia menor, devido ao crowd em Sunset, tentei pegar umas ondas em Backyards, bancada mais para direita, só que muito rasa. Escolhi a onda errada e não deu outra, alguns arranhões no reef. Faz parte.

O que você falaria para quem nunca esteve no Hawaii?

Quem acha que só tem onda no North Shore se engana, todas as ilhas do Hawaii são rodeadas por muitas bancadas e o surf rola solto, só depende da direção do swell. Enquanto o Brasil é o pais do futebol, aqui é o do surf. Além de encontrar os ídolos diariamente, pegar as melhores ondas do mundo.

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As ilhas havaianas transbordam boas vibrações. Tenha respeito pelas pessoas e plante o bem. Assim será bem recebido em todos os lugares.