Há 15 anos, numa garagem com três costureiras, nascia a Nob, oferecendo uma pequena linha de produtos. Pouco depois o primeiro colete foi desenvolvido para o kitesurf, novidade na época. A história com o surfe veio mais tarde, com Alemão de Maresias.
Se antigamente os coletes eram vendidos apenas para surfistas profissionais, hoje há surfistas “civis” e mesmo de fim de semana, que viajam ocasionalmente ou pegam ondas grandes aqui mesmo no Brasil. Essa galera quer enfrentar mares maiores do que o usual, porém, com segurança.
No último swell, histórico, que percorreu o Brasil, o que não faltou foi gente fazendo a cabeça em picos alternativos, clássicos, ou em parcéis e lajes oceano afora. As imagens bombaram nos sites e redes sociais e uma coisa ficou evidente: a evolução dos equipamentos vem crescendo.
A marca Nob, fabricante de coletes de flutuação, vem acompanhando de perto a mudança deste mercado. Edilson Assunção, o Alemão de Maresias, mandou a letra lá trás, em 2010, no início da Nob. Os primeiros coletes da marca eram desenvolvidos para a vela e wakeboard, esportes que há bastante tempo têm o hábito do uso de coletes bem difundido.
Alemão, amigo pessoal de Marcio Nóbrega, fundador da Nob, veio com a idéia pioneira de desenvolver um colete apropriado para o surfe de tow-in, com grande flutuação, material reforçado e alça para resgate ancorada por toda a estrutura do colete.
O colete começou a ser produzido e vários big riders começaram a fazer pedidos. Nessa época Garrett McNamara experimentou o colete, gostou, usou na onda em que bateu o “recorde mundial” em Nazaré e o colete pode ser visto até hoje no ângulo da GoPro posicionada no bico da prancha dele.
Na sequência, o surfe em ondas grandes na remada começou a bombar e desenvolveram o primeiro colete de flutuação específico para essa prática. O Nob Big Surf é único no mercado até hoje. Diferente de um colete inflável, ele leva o surfista para a superfície sem depender do funcionamento de mecanismo algum. “Muitas pessoas, que tem até acesso a coletes infláveis, preferem o nosso por isso, com ele você não tem que se preocupar em fazer nada, você sobe sozinho”, diz Marcio.
Além de Alemão de Maresias, o big surf tem entre seus adeptos nomes como Felipe “Gordo” Cesarano, Rodrigo Koxa, Marcelo Trekinho, Pedro Calado, Eric de Souza, Danilo Couto, Luis Roberto Formiga, Jorge e Nicole Pacelli, entre outros. Entretanto, na época do lançamento, eles eram comprados quase que exclusivamente pra quem surfava em picos fora do Brasil.
João Baiuka e Thiago Jacaré, big riders da Laje de Jaguaruna e do “Cardosão Clássico”, dias em que o mar quebra na praia do Cardoso acima dos 10 pés, são adeptos desses coletes há vários anos, sendo alguns dos pioneiros a usar esse equipamento por aqui. Eles relembram esse começo.
“Há alguns anos tiravam sarro da gente, quando começamos aparecer com essas enormes pranchas e coletes para surfar, mas hoje o que mais escutamos em beira de praia é gente perguntando onde conseguir uma ‘gunzeira’ ou onde comprar um colete desses”, diz Jacaré.
Equipamentos com alta tecnologia vêm sendo utilizados por mais e mais gente. Eles não são mais privilégio de profissionais e estão acessíveis para qualquer um. “Todo mundo tem, de vez em quando, a oportunidade de testar seus limites. Você tem o seu, eu tenho o meu, todo mundo tem algum. O colete não é só para surfar Jaws, é para qualquer um que queira estender seus limites. E toda vez que se pensa nisso, tem que se pensar em segurança”, comenta Marcio.
A Nob estará na The Board Trader Show 2017, que rola nos dias 28, 29 e 30 de setembro, com o novo Big Surf e outros lançamentos. Para saber mais sobre a marca, acesse o site NOB ou a página da marca no Facebook.