A reboque dos sonhos

Cezinha, Eddie Would Tow, Puena Point, Oahu, Hawaii

Mundial da modalidade nem começou e já tem polêmica. Foto: Bruno Lemos / Lemosimages.com.
Após o anúncio do primeiro circuito mundial de tow-in, surgiram muitas dúvidas, problemas e críticas envolvendo a lista de convidados, os lugares escolhidos para os eventos e outras questões.

 

O North Sore Tow-in Championship tem janela de espera de 15 de dezembro de 2006 a 31 de março de 2007, com um só dia de duração e distribuição de US$ 75 mil em prêmios, segundo a APT ? Association Professional Tow In.


Nesta entrevista concedida por e-mail, Erick Akiskalian, diretor da APT, fala sobre a ausência de Jaws e Teahupoo no calendário anunciado e da possibilidade de participação de outros atletas nos eventos da nova entidade.

 

Como foi o anúncio do primeiro circuito mundial de tow-in?

 

É muito emocionante. A responsabilidade é imensurável e é impressionante o número de times que querem fazer parte.

 

Quais os principais problemas que apareceram nos últimos dois meses?


O principal são as dezenas de e-mails que recebemos toda semana de times de todo o mundo perguntando como fazer para participar ou ser convidado. Eu e Rodney Kilborn já sabíamos que esse seria um grande problema e estamos vendo a possibilidade de criar eventos que qualificariam os times para os de nível “A”. Esse é um problema sério, mas tivemos que dar o primeiro passo com esse evento no Hawaii para atrair patrocinadores para o circuito, foi uma decisão muito difícil e importante.


Aqui em Oahu existem excelentes atletas, de brasileiros a havaianos, que gostariam de estar entre os convidados. Como vocês estão lidando com esse problema?


Estamos criando um campeonato como se fosse o WQS do tow-in, para qualificar atletas para o WCT do tow-in, que tem os eventos principais do Chile e México. Assim que tivermos mais detalhes colocaremos no site protowsurfers.org e mandaremos também um comunicado para a imprensa. Nós sabemos que criando duas divisões o nível do circuito subirá para o melhor possível.

 

Como está sendo feita a logística e a organização do circuito?


Nós temos ótimas pessoas e conexões de primeira nesses lugares. No México o local Coco Nogales junto com a Red Bull estão com as logísticas perfeitas, de primeira linha. No Chile o nosso maior contato é o local Flecha, que possui um esquema de primeira linha também, que eu mesmo já usufrui. Com relação aos juizes, diretores e salva-vidas, a APT terá seus próprios profissionais que viajarão com o circuito.

 

Como será o trabalho para acompanhar as previsões de swell?


Você, Pato, Burle e Eraldo são ótimos especialistas em previsão. Estão nos melhores lugares do mundo nos dias certos. E todos os outros surfistas de ondas grandes também são especialistas no assunto. Particularmente nunca vi uma boa previsão errar. Mesmo assim, estamos trabalhando com Sean Collins do Surfline.com, Mark Sponsolr do Stormsurf.com e outros como BuoyWeather.com e Windguru.cz. Estamos servidos dos melhores profissionais da área.

 

São muitas as críticas por Jaws, Teahupoo e outros picos ainda não fazerem parte do circuito.


Peahi (Jaws) é uma das mais pesadas e potentes ondas para o tow-in no mundo. Essa onda merece finalizar um circuito dando um título mundial. No momento ainda estamos engatinhando com relação a pontuação, rankings para os times. O tempo de Jaws e Teahupoo no circuito virá, é só uma questão de tempo. Teahupoo já está nos planos, mas precisamos finalizar um trabalho om a Federação de Surf do Tahti para aprovações e permissões. Isso leva tempo e deve demorar tendo em vista os contratos que eles já têm.

 

E se o Eddie Aikau estiver rolando, o mundial de tow-in também rola?

 

O diretor de evento em Oahu, Alec Cooke, tem em mente que se na noite anterior a um grande swell o palanque do Eddie não estiver montado, nós realizaremos o evento. Nós não queremos que eventos desse porte rolem no mesmo dia

 

Como você teve a idéia de criar e tomar a inciativa de traçar um circuito?

 

Tudo começou em 2000, quando comecei a praticar o tow-in. Depois tive a idéia de criar um site somente para os amantes do tow-in, o towsurfer.com. Agora você já pode achar diversos sites especializados na modalidade e na seqüência criamos a APT, que é a Associação de Surfistas profissionais de Tow-in e se tornou a principal do meio.

 

Quais as funções e projetos da APT?

 

Ela é dedicada a sancionar e promover eventos de nível mundial, popularizar as técnicas  de segurança para os atletas e simpatizantes e dirigir eventos. O aumento de eventos envolvendo esportes de alto risco é enorme, por isso a APT tem patrocinadores, mídia e profissionais com o desejo de promover esses eventos com o melhor nivel técnico e de segurança possível.

 

Qualquer um pode fazer parte da APT?

 

Qualquer um, competidores, profissionais do mercado, simpatizantes. Unidos venceremos, divididos caíremos. Eu quero agradecer a todos que colaboraram porque sem eles nada disso seria possível.

 

Saiba mais

 

Big riders escalados

 

Exit mobile version