ABIT cria Comitê do Surf

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#O ?Comitê do Surf?, inaugurado na última terça feira (13/11), tem como principal objetivo colaborar com a profissionalização do mercado de surfwear e streetwear, aproveitando o suporte dado pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT).

?Ter a ABIT aberta para o setor de surfwear é uma conquista muito grande. Com isso, os segmentos poderão utilizar a assessoria jurídica dada pela empresa para acabar com a falsificação, além de conquistar respeito para chegar mais perto do Governo e tentar adquirir recursos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)?, disse o deputado estadual Alberto Hiar, o Turco Loco.

A partir de agora, o surf e o street fazem parte da cadeia de ramificações que integram a entidade. Isso trará a oportunidade de realizar ações como a captação de recursos, orientação e treinamento de empresas utilizando o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), combate à falsificação e realização de seminários.

#Diversos empresários e profissionais envolvidos com o segmento prestigiaram o evento, entre eles, Ricardo Piazza (Billabong), Cabral (Oxbow), Ronald Lumbra (Hang Loose), Paulo Lopes (AntiQueda), Avelino Bastos (Tropical Brasil), Marcelo Lagrotta (Billabong), Fábio Ekizian (Goofy) e Marcos Caldora (Vicunha).

Após a apresentação do Comitê, encabeçado por Turco Loco, Cláudio Martins, diretor da Waves Promoções, e Paulo Skaf, presidente da ABIT, que na ocasião foi representado por Patrício Prado, diretor executivo da entidade, foi realizado o primeiro Seminário de Surfwear e Skatewear, promovido pela Associação e o Grupo Waves.

A primeira palestra foi sobre “Perspectivas Econômicas – Impactos Mundiais”, com Newton de Camargo Rosa, analista econômico da MCM Consultores e Associados.

Camargo traçou diversos panoramas sobre a econômia em 2002. “Neste ano, a economia sofreu diversos choques sucessivos que mudaram o andamento e a dinâmica prevista”.

#”Primeiro foi a desaceleração da economia norte-americana e consequentemente mundial, além da crise da Argentina, que reflete diretamente no Brasil. Com a crise argentina, o risco aumentou na região como um todo, o que acaba dificultando o financiamento externo. Depois veio a alta do câmbio e a política monetária praticada pelo Banco Central para conter a propagação inflacionária dos choques que caíram sobre a nossa economia. E por último, a crise energética, que abalou a confiança de empresários e consumidores”, explicou Camargo.

Segundo o consultor, a economia se recuperará lentamente em 2002, mas em compensação, o Brasil terá um superávit de 7 bilhões de dólares – devido à retração das importações.

#”O Brasil se beneficiará muito por causa desse quadro. A começar pelo turismo, pois o fluxo será redirecionado e receberemos um volume muito maior de estrangeiros, além dos brasileiros, que também preferirão explorar o turismo interno. Com o problema energético, o brasileiro também investirá menos em eletrodomésticos”, explicou Camargo.

A segunda palestra foi sobre a “TexBrasil – Programa estratégico da cadeia têxtil brasileira”. Rossildo Farias, gerente do projeto, falou sobre os objetivos da iniciativa. “O Brasil tem um espaço muito grande para crescer no mercado internacional de confecção e precisa exportar mais roupas prontas para os grandes centros mundiais”.

Atualmente, o Brasil participa com menos de 1% do total de exportações nesse segmento. Para se ter uma idéia, no mundo foram negociados US$ 186,03 bilhões, desses, o país participou com apenas US$ 257,33 milhões.

#”Nosso meta principal é elevar as exportações em 2005 da cadeia têxtil brasileira para US$ 4,3 bilhões. Hoje, esse número gira em torno de US$ 1,4 bilhões. Precisamos gerar superávit para a nossa balança e a nossa matéria prima precisa ser exportada já em roupas prontas”, afirmou Farias.

O TexBrasil, que tem o logo estilizado por uma tesoura verde e amarela, quer consolidar ainda mais a identidade do produto brasileiro.

Após o almoço, foi realizado o seminário destinado a estilistas e gerentes de produtos “Avant Premiére Verão 2003 – Promostil Paris”, com Norberto Arena, presidente da Arena Bureaux de Estilo, que mostrou as principais tendências e conceitos para o verão 2003.

“O verão 2003 já é muito velho. Tudo já está estabelecido desde março de 2001, por causa das peças que devem ser produzidas promocionalmente. A coisa começa com 36 meses de antecedência porque engloba uma série de fatores”, disse Arena.

As peças produzidas promocionalmente, que representam cerca de 25% da coleção, são fundamentais. Elas servem como um termômetro para que a marca sinta o que será sucesso ou não na próxima coleção. “Usando o promocional você terá a certeza de que planejará um básico sadio e consciente, pois é ele que paga as contas da empresa”, explicou.