#Acordo firmado entre a Federação Catarinense de Surf (Fecasurf) e a Associação dos Pescadores permite o surf em determinados locais de Florianópolis durante o período da pesca da tainha, que acontece entre 01/05 e 15/06.
Na próxima semana será assinado o acordo que prevê a prática do surf quando o mar não apresentar condições ideais para a pesca.
Segundo Jordão Bailo Júnior, vice-presidente da Fecasurf, o encontro foi promovido pelo vereador Xandi Fontes, e contou com representantes das colônias de pesca.
Para indicar que a praia está libarada para o surf, será adotado um novo sistema de bandeiras. Bandeira branca sinaliza que há peixes no local e o surf não será permitido. Bandeira azul libera a prática do esporte e também indicaque o lugar está sem peixes ou em condições impróprias para o arrastão dos pescadores, como quando quebram ondas acima de 1 metro.
“Os surfistas têm que prestar muita atenção nessa sinalização, pois a lei protege os pescadores e eles estão abrindo esta oportunidade. Serão colocadas placas nas praias e também será feita uma campanha para orientar os surfistas a respeitarem os pescadores?, explica Bailo.
Todos os pontos de pescas serão avisados sobre o termo de compromisso. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), a Polícia Ambiental, entre outros órgãos, cobrarão o cumprimento do acordo.
Praias como Lagoinha do Leste e Meio do Moçambique, que não possuem pontos de pesca, também serão liberadas. “Quando o cardume está num local, não há tainhas em outro lugar, por isso não há necessidade de proibir o surf em todas as praias”, diz o vice-presidente da Fecasurf.
A tainha garante a safra de cerca de dois mil pescadores de Florianópolis. Até o ano passado, a prática do surf só era permitida nas praias Mole e Joaquina, o que gerava muitas brigas e conflitos entre pescadores e surfistas.
O projeto é experimental e, se der certo, será implementado no próximo ano.