Adrenalina no Chile

Everaldo Pato, Chile

Everaldo Pato passa por dentro dos canudos chilenos. Foto: Fabiana Nigol.
A costa da América do Sul banhada pelo Oceano Pacífico produz ondas de excelente qualidade, constantes, e em sua maioria com excelente formação graças aos fundos de pedra.

 

Um dos pontos negativos é a água fria, pelo menos para alguns, como eu, acostumados com as águas quentes do litoral paulista.

 

Everaldo Pato e sua esposa Fabiana Nigol saíram de Florianópolis e passaram cerca de dois dias na estrada até atingirem esse lado do continente.

 

Eles já dirigiram mais de três mil quilômetros explorando grande parte desse litoral a bordo de uma picape fornecida pela Mormaii e Chevrolet.

 

Sylvio Mancusi prepara o ataque. Foto: Fabiana Nigol.
Depois de muitas ondas e relatos feitos pelo casal por e-mail, Morongo, dono da Mormaii, e eu resolvemos compartilhar dessa trip recheada de muito surf.

 

Altas ondas, sem crowd e boa adrenalina. Esses adjetivos podem definir bem o que é surfar nesse lado da América do Sul.

 

Nesse primeiro mês de barca já surfamos altas ondas. A água fria não tem sido empecilho, afinal a qualidade das ondas tem se sobressaído em relação à baixa temperatura. Prefiro não revelar as coordenadas dos picos em respeito aos locais.

 

O bodyboarder carioca Paulo Barcellos, conhecido como ?homem do mundo? por estar sempre passando por dentro de tubos insanos ao redor do planeta, tem sido nosso companheiro nessa última semana, enquanto surfávamos ondas de até 2 metros em uma bancada extramente rasa e perigosa.

 

Esse pico, que quebra para os dois lados, expõe uma bancada extremamente rasa, dobrando a adrenalina. Devido à dificuldade do drop, os bodyboarders dominam o pico, como ocorre em Pipeline e outros lugares. Por precaução, resolvi usar um capacete.

 

Entrar e sair do mar também exige muita atenção e cuidado. Pedras pontiagudas,
ouriços e forte correnteza tem afugentado os mais tradicionais surfistas.

 

Mas, depois de presenciar os locais entubando fundo da estrada de frente ao pico, fica difícil ficar fora da ação. Pranchas grandes não são bem vindas nesse pico, a velocidade e desenvoltura do swell na bancada forçam os mais experientes surfistas a usarem pranchas pequenas com relação ao tamanho das ondas.

 

Eu e Pato já surfamos boas ondas com uma constância ímpar. E esse litoral frio, mas com altas ondas, ainda nos abençoará com ondas incríveis, segundo as previsões.

 

Aloha!

 

Clique aqui para ver a galeria de fotos do Chile

Exit mobile version