O paulista Adriano de Souza garantiu sua passagem ao quarto round do Rip Curl Pro nesta sexta-feira em Bells Beach, Austrália, depois de destruir as direitas do pico e despachar o australiano Adam Melling.
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As ondas continuam bombando com cerca de 1,5 metros e séries maiores, porém nas primeiras baterias do dia, durante a maré seca, as pistas para manobras estiveram bem mais lisas.
Ao competir na segunda bateria do dia, Mineirinho soube aproveitar muito bem estas boas condições e não deixou dúvidas, para vencer
seu duelo por 16.76 a 10.67 pontos, com uma das melhores performances do dia.
Com forte batidas e rasgadas, ele moeu o lip das direitas de frontside
e aplicou bons cutbacks para manter-se sempre no lugar correto da onda, além de aproveitar muito bem toda extensão das paredes e demonstrar alto grau de comprometimento com alto risco nas manobras.
“Este é o melhor Bells dos seis anos que já competi aqui, as ondas estão incríveis. Estou superfeliz por ter avançado nesta bateria e acredito que o mar vai subir cada vez mais daqui pra frente”, diz Adriano de Souza.
Agora, Adriano de Souza encara os aussies Owen Wright e Joel Parkinson no quarto round, na rodada em que ninguém é eliminado. Se vencer, compete uma bateria a menos que seus adversários.
“Agora a pressão baixou um pouco, porque estou na posição de me qualificar no meio do ano. Como no ano passado meus melhores resultados foram no comneço da temporada, tenho que no mínimo fazer igual ou melhor para continuar garantido na elite”, explica o paulista.
Na quarta bateria do dia, foi a vez do cearense Heitor Alves entrar em ação, porém acabou eliminado pela estreita diferença de 13.16 a 12.27 pontos e caiu diante do australiano Bede Durbidge, que radicalizou com manobras invertendo a rabeta e trabalhou bem a extensão das ondas até o fim.
Já na parte da tarde, em um cenário completamente diferente e com ondas de formação irregular, foi a vez de Jadson André enfrentar Alejo Muniz em um duelo 100% brazuca.
Melhor para o potiguar que investiu de backside em todas ondas que apareceram e não descansou um minuto na bateria, para garantir o máximo de notas possíveis com fortes pancadas em qualquer lip que via pela frente.
“As condições estão completamente diferentes de ontem. As ondas aqui de Bells estão mais gordas e você nunca sabe quando ela vai formar o lip. Dei sorte e consegui escolher bem as ondas para passar a bateria. Quando você está no circuito tem que estar preparado para qualquer condição, não tem como escolher”, finaliza o potiguar.
Alejo não teve a mesma sorte. Acabou caindo da prancha em algumas oportunidades cruciais para reverter o resultado e foi eliminado da prova por 14.27 a 8.73.
“Estou superfeliz por ter passado a bateria. Infelizmente não temos como escolher o adversário e de acordo com o seeding acabei caindo contra o Alejo. Ele chegou super bem no circuito e começou com um quinto lugar na primeira etapa. Eu sei que ele quebra muito, mas nessas horas não podemos pensar nisso, tente relaxar e pensar nos nossos tempos de amador, sem pressão, pois nós já competimos juntos desde os 12 anos de idade”, explica Jadson André.
Assim como Adriano, Jadson também garantiu vaga para o round que ninguém cai e pega pela frente o australiano Mick Fanning e o taitiano Michel Bourez, melhor competidor desta sexta-feira e o único que bateu a marca de Mineirinho com 17.67 pontos somados.
“Bells é uma onda complicada. É realmente difícil achar as ondas certas, você precisa se concentrar e passar muito tempo na água aqui. Resolvi esperar pelas melhores”, conta Michel Bourez, que eliminou o norte-americano Patrick Gudauskas.
O norte-americano Kelly Slater, defensor do título da etapa, caiu na água em dos momentos mais difíceis do dia, mas mesmo assim despachou o australiano Stu Kennedy por 11.34 a 9.30.
“Peguei algumas pequenas só para garantir as notas. Pensei que algumas séries boas entrariam, mas nada veio. Foi apenas uma daquelas baterias com pausas longas no outside. Mas tudo bem, gosto de ter minhas baterias ruins primeiro para depois virem as boas”, aposta Kelly Slater.
Os canais de TV por assinatura ESPN transmitem o Rip Curl Pro Bells ao vivo a partir das quartas-de-final. Para saber mais, acesse o site ESPN.
Uma nova chamada para possível reinício da prova acontece na manhã deste sábado.
Quarta fase do Rip Curl Pro Bells 2011
1 Owen Wright (Aus), Adriano de Souza (Bra) e Joel Parkinson (Aus)
2 Bede Durbidge (Aus), CJ Hobgood (EUA) e Kelly Slater (EUA)
3 Jordy Smith (Afr), Chris Davidson (Aus) e Tiago Pires (Por)
4 Michel Bourez (Tah), Jadson André (Bra) e Mick Fanning (Aus)
Terceira fase
1 Owen Wright (Aus) 12.33 x Gabe Kling (EUA) 5.90
2 Adriano de Souza (Bra) 16.76 x Adam Melling (Aus) 10.67
3 Joel Parkinson (Aus) 18.13 x Jeremy Flores (Fra) 8.16
4 Bede Durbidge (Aus) 13.16 x Heitor Alves (Bra) 12.27
5 C.J. Hobgood (EUA) 16.26 x Matt Wilkinson (Aus) 7.50
6 Kelly Slater (EUA) 11.34 x Stu Kennedy (Aus) 9.30
7 Jordy Smith (Afr) 13.27 x Bobby Martinez (EUA) 12.66
8 Chris Davidson (Aus) 14.54 x Kieren Perrow (Aus) 8.33
9 Tiago Pires (Por) 13.17 x Damien Hobgood (EUA) 9.70
10 Michel Bourez (Tah) 17.67 x Patrick Gudauskas (EUA) 13.16
11 Jadson André (Bra) 14.27 x Alejo Muniz (Bra) 8.73
12 Mick Fanning (Aus) 13.50 x Josh Kerr (Aus) 7.77