Smolder Pro Nordeste

Alan Jones voa em Stella

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Alan Jones voa alto para estrear com vitória no Smolder Pro Nordeste que rola na praia de Stella Maris, Salvador (BA). Foto: Rodrigo Mesquita.

O potiguar Alan Jones manteve o ritmo que vem imprimindo no circuito nordestino profissional em 2009.

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Neste sábado, o surfista de Baía Formosa foi o grande destaque na abertura do Smolder Pro Nordeste, em ondas mexidas de meio a 1 metro em Stella Maris, Salvador (BA).

O vice-líder do ranking regional não tomou conhecimento dos três baianos que enfrentou em sua estreia e exibiu um surf moderno para registrar a maior nota do dia (8.17) e também o maior somatório (14.00).

 

Na mesma bateria – a quarta do segundo round -, o atleta Thiago Cassimiro levou a melhor na briga pela segunda vaga e eliminou os conterrâneos Bruno Pitanga e Heloy Júnior.

 

Bruno Galini briga pelo bicampeonato da etapa baiana. Foto: Rodrigo Mesquita.

Quem obteve a mesma pontuação de Alan Jones foi o paulista Flávio Nakagima, que foi a Salvador em busca de

pontos no Brasil Tour e começou muito bem na prova.

 

O atleta está escalado nas baterias pendentes da segunda fase contra o cearense Edvan Silva e os alagoanos Klinger Peixoto e Felipe Soriano.

 

Além de Nakagima, outros atletas que não costumam disputar o Nordestino Pro e foram ao litoral baiano são o potiguar Danilo Costa, o paulista Emerson Piai e o cearense Pablo Paulino, bicampeão mundial sub-21.

 

Mesmo envolvendo-se em uma dupla interferência com o pernambucano César Aguiar, Piai conseguiu avançar ao terceiro round com duas esquerdas muito bem surfadas em Stella Maris.

 

Pablo Paulino avança ao segundo round em Stella Maris. Foto: Rodrigo Mesquita.

O surfista de Praia Grande chegou a ocupar a liderança do

confronto e avançou junto com o paraibano Saulo Carvalho, deixando César Aguiar em terceiro e o baiano Wheslen Christian em em quarto.

 

 

Também com uma boa atuação, Danilo Costa venceu o último duelo do dia e está classificado ao terceiro round. Já Pablo Paulino e Flávio Nakagima estão escalados nas baterias pendentes da segunda fase.

 

Defensor do título da etapa, Bruno Galini fez uma boa estreia e comandou a dobradinha baiana com Armando Daltro na segunda rodada. A dupla despachou o potiguar José Júnior e o baiano Alessandro Daltro.

 

Armando Daltro avança duas rodadas. Foto: Rodrigo Mesquita.

Em sua melhor, Galini desferiu fortes batidas e rasgadas de backside para arrancar 6.83 dos juízes. Nos minutos finais, o

ilheense somou 6.10 e carimbou a vitória.

 

“O mar mudou um pouco em relação aos últimos dias. Estava muito difícil e demorei para trocar um 3 e pouco que era a minha segunda nota, mas no final veio uma onda ali e consegui passar a bateria”, diz Bruno, que enfrentou o ídolo Armando Daltro pela segunda vez na carreira.

 

“Já nos enfrentamos uma vez no Baiano Pro, aqui mesmo em Stella. Ele ficou em segundo na final e eu em terceiro. Agora, depois de alguns anos, reencontrá-lo numa bateria é muito motivante pra mim. Ele é um ídolo, aprendi muito com ele. É um cara que é meu amigo e quero levar para o resto da vida os ensinamentos que ele me passou”, afirma Bruno.

 

Feliz com a classificação ao terceiro round, Mandinho comentou a dura batalha em Stella Maris. O baiano descolou a segunda vaga com 10.10 pontos, contra 9.60 de José Júnior.

 

“Essa bateria foi muito mais difícil do que a primeira. As ondas estão bem diferentes, mais fracas, mais deitadas, e eu comecei a bateria atrás, então tive de ficar correndo o tempo inteiro em busca da classificação”, diz Mandinho.

 

“Não sabia quem estava primeiro ou segundo, só quando peguei minha última direita ali foi que ouvi que fiz a nota que precisava para virar (4.70), mas não sabia quem caiu para terceiro para eu poder marcar quando retornasse ao outside. Até achei que fosse Bruno, porque ele havia uma surfado uma onda boa e eu não tinha visto uma segunda onda dele. Graças a Deus ele estava em primeiro e ampliou o resultado, mas me deixou em segundo e o importante é se classificar”, conta Daltro.

A falta de ritmo nas competições também foi um assunto comentado pelo ex-top da elite mundial e campeão do WQS em 2000.

“O rip de competição ajuda bastante, você fica mais tranquilo. Faltou fôlego pra mim em algumas ondas, voltava remando meio cansado devido à falta de ritmo mesmo. Mas, o importante é que deu pra passar, já foram duas baterias hoje, amanhã é o dia final, são algumas fases para quem quiser chegar até a decisão. Espero que eu entre em sintonia com as ondas, espero que o vento pare um pouquinho amanhã e as ondas fiquem mais perfeitas. Vamos ver no que vai dar aí”, conclui Armando Daltro.