Roxy Pro Junior

Alana inicia nova fase

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Alana Pacelli entra de vez no mundo das competições no Roxy Pro Junior. Foto: Basílio Ruy.

Filha do big rider Jorge Pacelli, atleta é uma das poucas meninas que encaram Jaws. Foto: Zep.

Uma das candidatas ao título do Roxy Pro Junior 2011, que começa neste sábado na praia do Atalaia, Itajaí (SC), a paulista Alana Pacelli, 17, acaba de voltar de sua primeira temporada havaiana.


Foram 40 dias de viagem entre as ilhas de Oahu e Maui, onde a atleta dropou pela primeira vez a sinistra onda de Jaws.


Filha do big rider Jorge Pacelli, um dos maiores nomes brasileiros no Hawaii, Alana também começa a dar os primeiros passos como competidora nesta temporada.


Na abertura da seletiva sul-americana para o Mundial Sub-20 da ASP em Itajaí, a atleta pretende ganhar experiência e testar seu nível contra algumas das melhores atletas do país.


Em entrevista concedida ao Waves, Alana conta os detalhes da sua primeira temporada no Hawaii, fala da expectativa para o evento no Atalaia e revela-se apaixonada pelas ondas grandes.

 

Como foi a primeira viagem ao Hawaii?

 

Foi sensacional. Eu fui direto para ilha de Maui com meu pai e minha irmã (Nicole), quando o comum é todo mundo ir para Oahu.

 

Conheci e surfei picos muito bons como Honolua Bay, uma direita perfeita, e como sou regular adorei. Também surfei Jaws e foi inacreditável. Nunca imaginaria que um dia surfaria esta onda.

 

Depois fomos para Oahu e também não acreditava. Vi quebrar altas ondas em todo o North Shore. Foi a melhor viagem da minha vida..


Qual a sensação de surfar Jaws?

 

Tive bastante medo. Tenho certeza de que qualquer um que vá surfar lá também sinta isso, por mais big rider que seja. O barulho da onda já é assustador, um negócio incrível. Eu não caí, graças a Deus, e consegui pegar umas ondinhas boas. Valeu a pena, mas no começo fiquei com muito medo.

 

Qual a expectativa para o evento em Itajaí?

 

Aqui no Atalaia só tem esquerdas e para falar a verdade meu backside não está muito afiado. Gosto muito das direitas e toda onda eu insisto mais para esse lado (risos). Mas treinei no Hawaii e estou com surf no pé.

 

Nunca fui de competir, as meninas aqui têm bem mais experiência do que eu. Então esse evento será mais para me acostumar com o clima das competições. Nem criei muita expectativa, mas é sempre bom começar e quem sabe mais para frente consigo me sair bem nos campeonatos.

 

Pretende participar de outras competições neste ano?

 

Além das etapas do Pro Junior, estou pensando em disputar o Circuito Petrobras, Paulista Universitário e também o Circuito Guarujaense. Mas tudo para treinar e pegar uma boa base para as competições, já que não estou muito acostumada.

 

E vai deixar de lado o tow in?

 

Não. Quero muito continuar fazendo tow in. Eu adoro, acho muito legal surfar ondas grandes e sentir aquela adrenalina e medo a mais. Pretendo começar a treinar forte com minha irmã logo para fazermos a primeira dupla feminina da modalidade. Iria ser demais, ainda mais sendo irmãs.


Como é ser filha de um big rider? Cresceu com os dois pés na prancha?

 

Eu não me imagino vivendo de outra forma. Meu pai sempre me incentivou, surfava comigo todos os finais de semana e cresci no Guarujá. O mar, o surf e todos os esportes aquáticos têm muito a ver comigo e com meus irmãos, todos surfam e estão sempre dentro da água.

 

Tenho muitas amigas que não surfam e fico imaginando que se eu não surfasse iria todo dia tentar pegar uma onda. Mas não sei como é isso, não dá para dizer.

 

Onde costuma treinar?


Treino sempre em Maresias e Guarujá com minha amiga Kaena (Brandi). Adoro o pico do Monduba, é um dos meus lugares preferidos. 

 

Você recentemente fechou contrato de patrocínio com a Hang Loose. Como é representar uma marca tão jovem?

 

É muito bom. Eu e minha irmã somos as únicas meninas patrocinadas pela Hang Loose e isso é uma honra. Eles nos dão todo o suporte.

 

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