O ciclone extra-tropical foi desviado para o alto-mar, a frente fria não entrou e um sábado de Sol e céu claro inaugurou o Oakley apresenta Circuito Cerveja Sol Surf Pro na paradisíaca praia Brava, em Itajaí, no litoral norte de Santa Catarina.
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Os principais envolvidos na briga pela liderança nos rankings catarinense e sul-brasileiro só estréiam no domingo, e o destaque do primeiro dia foi a participação de duas estrelas de nível internacional, o paraibano Fábio Gouveia e o pernambucano Paulo Moura, que na semana passada competiram em ondas perfeitas nas Ilhas Maldivas.
Eles tiveram trabalho nas ondas pequenas e irregulares da praia Brava na manhã do sábado, mas começaram com vitórias em Itajaí. A terceira etapa do Circuito Catarinense Profissional, oitava válida pelo Circuito ABRASP Sul-Brasileiro, termina neste domingo, com a grande final prevista para entrar no mar por volta das 14:30 horas.
Os dois nordestinos moram em Florianópolis e enfrentaram grandes valores da nova geração catarinense em suas primeiras apresentações. Eles ainda teriam que disputar mais duas fases no sábado para alcançar os melhores do ranking estadual do ano passado, que só começam a estrear na quarta rodada das etapas do Circuito Cerveja Sol Surf Pro.
O paraibano Fábio Gouveia foi campeão brasileiro em 1998 e 2005 e nunca havia competido na praia Brava. ?Já trouxe meus filhos pra competir e fiquei pegando umas ondas ali no canto. Mas teve uma etapa aqui do Catarinense Profissional mesmo que deu altos tubos. Fiquei sabendo deste campeonato e gostaria muito que isso se repetisse?, disse.
?Mas hoje a praia tá é brava com a gente, as ondas estão fechando muito rápido e ainda bem que eu achei duas regulares para passar. Mas, pelo menos tem onda, porque ontem (sexta-feira) não tinha nada e confesso que fiquei até surpreso em encontrar pelo menos esse tamanho de onda aí?, falou Fábio Gouveia, que vem participando de todas as etapas do Oakley apresenta Circuito Cerveja Sol Surf Pro, mesmo vindo direto de uma competição bem mais importante, do Mundial WQS, nas Maldivas.
?Não dá pra ficar parado e, se tem campeonato perto de casa, claro que vou participar. Realmente as ondas lá nas Maldivas estavam perfeitas durante toda a semana passada e é bem curioso isso. Lá a onda esperava você programar a manobra e aqui não dá nem para pensar, tem que sair manobrando porque está fechando rápido demais?, comparou Fabinho, que derrotou dois catarinenses na bateria.
Na briga pela segunda vaga, Nodin Silveira superou Ricardo Tavares e saiu feliz com a chance que teve de disputar uma bateria com o maior ídolo de todos os tempos do surfe brasileiro. ?É até uma honra prá gente! Ele é um surfista muito experiente e a gente até tenta ficar mais perto dele na água prá aprender um pouquinho, isso só acrescenta?, disse o surfista da Guarda do Embaú, 25 anos de idade. ?Pena que as ondas estão pequenas e difíceis, porque a praia Brava dá altas ondas, boas de tubos, tem força, mas é a Natureza e competição é isso mesmo, as vezes não encaixa na data certa?, disse Nodin.
Duas baterias depois, Paulo Moura enfrentou dois jovens catarinenses que formaram o time júnior do Brasil no último Mundial da International Surfing Association (ISA), mês passado em Portugal. Alejo Muniz já começou bem e liderou toda a disputa, com o pernambucano só confirmando a vitória na última onda que surfou nos minutos finais da bateria.
O paraibano Alan Saulo marcou 15.67 na terceira fase e garantiu a melhor somatória do dia na bateria vencida contra o paranaense Jeferson da Veiga (segundo), e os catarinenses Andre Zanini e Gabriel Castigliola, em terceiro e quarto lugares respectivamente.
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Petterson Thomaz também deu trabalho, inclusive completando um aéreo-reverse sensacional em sua melhor apresentação, no entanto não conseguiu a nota suficiente para tirar a segunda vaga de Alejo Muniz.
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?Estava bem nervoso porque é o primeiro Catarinense Profissional que eu participo, mas achei umas ondinhas boas para garantir minha classificação. Pra mim é um grande prazer estar competindo contra um cara como o Paulo Moura, que já tem história no Circuito Mundial. E estou aqui só buscando experiência, aprendendo com eles, para quem sabe no futuro eu possa ganhar deles?, deseja Alejo, que confessou que só vai se profissionalizar no ano que vem e mostrou personalidade ao responder sobre seus objetivos mais próximos.
?Quero conseguir uma vaga para o Mundial Pro Junior da ASP neste ano e vou dar tudo para tentar ganhar este campeonato aqui na praia Brava, que já é histórico para mim?.
O pernambucano Paulo Moura elogiou seus adversários: ?Tenho ouvido falar muito deles e fico feliz por ter disputado uma bateria com eles. Deu para ver que são bem ágeis, surfando muitas ondas, mas eu estava fazendo a minha tática, com tranquilidade?. Até o ano passado, Moura representava o Brasil na elite mundial do WCT e foi outro que veio direto do WQS das Maldivas para a praia Brava.
?Eu amo essa minha profissão, mas lá dentro d?água eu estava até pensando nisso. Poxa, eu estava lá pegando ondas com um espaço para oito, dez manobras nas Maldivas, agora estou aqui tentando fazer duas! Mas é isso aí, o importante é que deu para passar e vamos ver se consigo passar mais algumas para chegar no domingo e quem sabe fazer uma final aqui, o que seria muito bom?, falou Paulo Moura.
Cabeças-de-chave ? Também competiu nas Ilhas Maldivas na semana passada o catarinense mais bem colocado no ranking estadual liderado pelos cearenses Fábio Silva (1.o) e Márcio Farney (2.o). O joinvillense Jean da Silva é um dos sete catarinenses com chances matemáticas de alcançar a ponta na classificação geral do Circuito Cerveja Sol Surf Pro em Itajaí.
Os outros são Marco Polo (5.o), Pedro Norberto (6.o), Davi de Jesus (7.o), John Junior (9.o), Raphael Becker (10.o) e o atual campeão catarinense e sul-brasileiro, Diego Rosa (11.o). Com exceção de Davi de Jesus, todos fazem parte da lista dos 16 cabeças-de-chave que vão estrear direto nas oitavas-de-final já no domingo decisivo.
O Oakley apresenta Circuito Cerveja Sol Surf Pro tem as etapas estaduais mais ricas do país e distribuirá um total de R$ 120 mil em prêmios com o patrocínio da Cerveja Sol, das Lojas Sul Nativo, e das marcas Oakley e Goofy e apoio da Bully?s, Salva-Surf e site Floripa Turbo. Esta terceira etapa é realizada também com apoio da Prefeitura Municipal de Itajaí, Fundação Municipal de Esportes, Hotel Marambaia Cabeçudas, Lojas Padang-Padang, Associação de Surf das Praias de Itajaí (ASPI).
O circuito profissional da Federação Catarinense de Surf é homologado pela Associação Brasileira de Surf Profissional ? ABRASP ? e Confederação Brasileira de Surf (CBS), sendo todo transmitido ao vivo pelo Fecasurf.com.br. (Colaborou Chico Padilha).
Pré-classificados do Catarinense ? Back 16 – Quarta fase
1 Alon Campestrini (SC) e Alex Lima (SC)
2 Rafael Ramos (SC) e Marcos Pastro (SC)
3 Roni Ronaldo (SC) e Rodrigo Wazlawick (SC)
4 Álvaro Bacana (MA) e Marcelo Cathcart (SC)
5 Sérgio André (SC) e Michelangelo Bernardoni (SC)
6 Adriano Lemos (SC) e Fabrício Machado (SC)
7 Junior Maciel (SC) e Rafael Imhof (SC)
8 Greg Cordeiro (SC) e Marcelo Coutinho (SC)
Cabeças-de-chave do Catarinense ? Top 16 – Oitavas-de-final
1 Jean da Silva (SC) e Cristiano Guimarães (SP)
2 Guilherme Ferreira (SC) e Andreas Eduardo (SC)
3 Fábio Silva (CE) e Beto Mariano (SP)
4 Marco Polo (SC) e Felipe Ximenes (SC)
5 Diego Rosa (SC) e Raphael Becker (SC)
6 Pedro Norberto (SC) e Gustavo Santos (SC)
7 Guga Arruda (SC) e John Junior (SC)
8 Márcio Farney (CE) e Fábio Carvalho (SC)