Amani Valentin supera diversas barreiras e chega às oitavas-de-final do evento. Foto: Nancy Geringer. |
Depois de ser paralisada na 14a. bateria do terceiro round, a prova recomeçou novamente, mas as ondas não ajudaram, forçando atletas e organizadores a optaram por prosseguir com a competição somente amanhã.
Porém, antes de comunicar o adiamento, o locutor Marcos Bukão deu um susto na galera:
?Vamos dar seqüência as oitavas, só que as regras mudaram. Agora são 10 minutos para pegar duas ondas?, brincou Bukão, causando alguns instantes de apreensão.
Michel Roque garante a maior somatória (16.33) do dia. Foto: Ivan Storti / FMA Notícias. |
Depois de superar a morte do irmão, quase virar jogador de futebol e pensar em desistir várias vezes, o paranaense Amani Valentin, 13o. colocado na primeira etapa, descolou a melhor onda da competição (8.93) e foi um dos destaques deste sábado.
?No surf a gente precisa de motivação, apoio, fé para garantir a melhor onda e, claro, um pouco de sorte?, afirmou.
Nascido na Ilha do Mel, no litoral paranaense, Valentin contou com o apoio do pai para mudar-se para Florianópolis e correr atrás da carreira como surfista. ?Na Ilha do Mel não rolam muitos campeonatos.
Um dia ele me perguntou o que queria da vida e quando falei que era o surf, ele me ajudou a juntar dinheiro e fui para Florianópolis?, contou o atleta de 18 anos.
Já o cearense Miquel Roque, com ondas notas 8,5 e 7,83, obteve a melhor somatória (16,33) do sábado. Vale destacar o esforço de Roque, que sem apoio algum, veio de Fortaleza de ônibus, viajando durante 48 horas para tentar uma das cinco vagas para o mundial.
?Estou sem patrocínio e tenho que me virar. Foi Deus quem mandou aquelas ondas. Fiquei estudando o mar e vi que tinha um pico bom e arrisquei?, revelou.
Cerca de 112 surfistas de 10 Estados se inscreveram para o Billabong Pro Júnior. Neste domingo as disputas recomeçam às 7 horas. A etapa distribui US$ 5 mil de premiação, sendo U$ 1,8 mil para o vencedor.
O guarujaense Adriano Mineirinho tentou voltar do Hawaii para disputar o evento, porém não conseguiu um vôo que chegasse a tempo. Neste sábado, ele está no Canadá esperando uma conexão para chegar ao Brasil, onde tem compromissos escolares na próxima segunda-feira.
O competidores terão mais dois prêmios extras no Pro Júnior, a ?Kyw Surf Best Wave?, com R$ 600 para o dono da maior nota do evento, e o ?Von Zipper Air Show?, bateria que vale o aéreo mais radical com R$ 600.
O campeão do ranking ganha uma passagem aérea para a Austrália. Outra atração neste domingo será o Goofy Cabo de Guerra, uma brincadeira envolvendo atletas e o público.
O Billabong Pro Júnior 2004 tem apresentação da Marco Polo Têxtil, com o patrocínio da Goofy e Von Zipper. Apoio: Kyw Surf, Sthill, Surftrip, Uluwatu, Tobago, Torquay, BanSurf, Overboard, Hookena e Tropical Island. Supervisão da ASP South America e Abrasp.
A etapa de Camburi tem a colaboração da Federação Paulista de Surf, Prefeitura Municipal de São Sebastião, Associação de Surf de São Sebastião, Ascam, Turco Loco e Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer. Divulgação: Fluir, Waves e 89 FM. Realização da Billabong.