Formada em música pela UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina), a artista Ana Paula Alves de Souza inaugura no Waves a coluna Cores do Mar.
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Neste espaço, Ana Paula pretende falar de tudo que envolve o universo da surf art: cultura, exposições, artistas, entre outros assuntos.
Gaúcha formada em Florianópolis, ela mudou-se recentemente para o Rio de Janeiro com o objetivo de estudar artes e desenvolver o trabalho de pintura em pranchas.
Ela é a idealizadora da coletiva sócio-ambiental e cultural Floripa em Prancha!, que tem a proposta de transformar pranchas retiradas do lixo em obras de arte.
Além disso, foi pioneira no Sul do Brasil ao colocar a surf art pela primeira vez em uma sala de arte contemporânea no Museu Histórico de Santa Catarina e no Memorial do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Talentosa, carismática, dona de um sorriso cativante, seus lindos olhos azuis miram o infinito, sempre com aquele olhar de artista, sensível às cores do mar e do planeta.
Neste artigo de estreia da coluna Cores do Mar, Ana Paula dá uma pincelada no desenho das pranchas que mais admirou em campeonatos recentes no Rio de Janeiro.
Num domingo, ela aproveitou a ligação do nosso fotógrafo Aleko Stergiou e deu um rápido oi amigável. Para minha surpresa, no dia seguinte ela entrou em contato por email com o projeto de manter uma coluna de arte no site. Dias depois, página programada, tudo em cima, Ana Paula já estava teclando seu primeiro texto.
Há um bom tempo a redação não tinha uma garota no time. Vamos torcer para que ela seja a primeira de várias rainhas da série, fundamentais para o alto astral de nosso ambiente de trabalho, com ideias criativas, disposição e talento puro. Bem-vinda ao time de colunistas do Waves, Ana Paula! A gente esperava por você havia muito tempo e só agora deu para perceber a falta que você nos fazia! (Alceu Toledo Junior)
Durante o Quiksilver Brasil Open of Surfing e o Arnette ASP World Junior Championship, um verdadeiro desfile de cores e estilo aconteceu na praia do Arpoador.
Pranchas de competidores e de surfistas locais deixavam de lado a brancura inicial e apareciam cheias de desenhos, encomendados por artistas profissionais ou feitos pelos próprios donos.
Alguns optaram por enchê-las de adesivos, outros preferem diferenciá-las com um desenho. Terceiro lugar nos dois eventos na capital carioca, Filipe Toledo foi um exemplo, com suas pranchas desenhadas pelo artista paulista “Macarrão”.
Hizunomê Bettero, segundo colocado Quiksilver Brasil Open of Surfing, também exibia uma prancha cheia de estilo. Ela foi desenhada pela sua marca patrocinadora, conhecida por incentivar e criar um estilo próprio de arte nas pranchas.
Não precisa andar muito, o pessoal que trabalha no campeonato também se empenha nas estilizações, como é o caso de Rogério, coordenador do Favela Surf Club do Cantagalo. Ele trabalha nos campeonatos e diz que ainda quando estava fazendo a sua própria prancha pintou com pincel e tinta a base de água quadrados coloridos.
Já as sul-africanas Heidi Palmboom e Faye Zoetmulder e as australianas Dimity Stoyle e Philippa Anderson, atletas do Pro Junior, preferem elas mesmas pegarem uma caneta Posca e nas horas de descanso abstraírem desenhando em suas pranchas!
Desenhos rebuscados, na prancha toda, só um detalhe na borda. Os estilos e as cores são os mais variados, mas o resultado por vezes inusitado, outros divertido, revela a personalidade do surfista fazendo toda a diferença no meio de várias!