Fala, galera! Em minha estreia como colunista do Waves, fiz uma breve retrospectiva do circuito mundial desde o seu início até os dias atuais para que vocês entendam melhor todo o caminho que temos trilhado.
Falando agora do momento atual do circuito mundial de bodyboarding, diria que, de uma maneira geral, estamos passando por um momento difícil e instável.
Apesar de ser dirigido pela APB, quem faz o circuito acontecer mesmo são os produtores de eventos de cada região. A entidade direciona e impõe as regras pra tentar manter um padrão mínimo. Mas, às vezes, a dificuldade de cada organizador dificulta bastante o trabalho de padronização que a APB almeja. Isso porque falta ainda uma estrutura e muito mais investimento por parte da associação para não ficar refém dos organizadores de eventos.
Temos um conselho dentro da APB com participação de alguns atletas, produtores, juízes e membros da entidade, que tomam decisões importante a respeito das regras, planejamento e futuro do esporte.
O Brasil está muito bem representado com o atleta Eder Luciano e o head judge do circuito mundial Chico Garritano, que fazem parte desse grupo de responsa. Apesar das dificuldades que vivemos, continuamos esperançosos com o futuro do esporte!
Muitos têm me perguntado por que não fui para as duas primeiras etapas do circuito, que aconteceram no Havaí e Taiti, consecutivamente. Bom, só pra vocês entenderem bem, nestes últimos dois anos tivemos algumas mudanças em relação às pontuações das etapas do circuito.
Nosso calendário atual conta com 11 etapas do circuito mundial: Pipeline (duas estrelas), Teahupoo (4 estrelas), Itacoatiara (5 estrelas), Arica, Chile (5 estrelas), Antofagasta, Chile (4 estrelas), Sandy Beach, Havaí (uma estrela), Tahara, Japão (uma estrela), Sintra, Portugal (4 estrelas), Viana, Portugal (4 estrelas), Nazare, Portugal (5 estrelas) e El Fronton, Ilhas Canárias (5 estrelas).
São muitas etapas, porém algumas delas com premiações e pontuações bem baixas, casos das duas etapas do Havaí e a do Japão. A do Taiti, apesar de ter uma pontuação razoável, teve uma premiação bem pequena.
Toda essa mudança me fez repensar se valeria a pena competir em Pipe e no Taiti, pois são lugares extremamente caros e achei que não compensaria participar de eventos sem uma pontuação tão significativa para o ranking. Por isso, resolvi descartar essas etapas e focar somente nas que terão melhor custo / beneficio para tentar disputar novamente um possível título mundial.
Minha estreia no circuito acontecerá nos próximos dias, no Itacoatiara Pro. O evento começa nesta quinta-feira e terá a janela de espera aberta até o dia 25 deste mês. As disputas prometem ser um verdadeiro show de bodyboarding, pois a previsão indica altas ondas durante todo o período de espera.
Passando o Itacoatiara Pro, a próxima parada será nas temidas ondas de Arica, Chile, pra mim um dos picos mais insanos do circuito. Logo na seqüência, teremos a etapa de Antofagasta, também no Chile, e uma das provas que conquistei grandes resultados!
Após essa sequência de eventos, terei uma pausa e retornarei na etapa de Sintra, em Portugal, no dia 12 de setembro, e seguindo a perna europeia do circuito mundial que ainda terá Viana, Nazaré, finalizando o circuito mais uma vez nas pesadas ondas de El Fronton, nas Ilhas Canárias.
Na minha opinião, a perna europeia será o momento mais decisivo do circuito mundial, pois teremos quatro etapas juntas e com pontuação alta.
A expectativa é grande para o circuito, que pra mim vai iniciar agora. Conto com a torcida de todos e espero que seja um ano incrível para o bodyboarding brasileiro e mundial!
Estou agora em Itacoatiara (RJ) aguardando a minha estreia e aproveito pra convidar todos a esse grande e único evento que temos no Brasil! Chega mais, galera, porque tem altas ondas!!
Quem quiser ver de casa, pode acessar o link e ver ao vivo no site Apbtour.
Boas ondas e até o próximo texto!!