US Open of Surfing

André Silva concentrado em Huntington

André Silva, Itacoatiara, Niterói (RJ)

Depois de brilhar em Itacoatiara (RJ), André Silva parte rumo ao US Open of Surfing 2007. Foto: Pedro Monteiro.

Depois de pegar um tubo nota 10 e terminar na terceira colocação na etapa do Pena Rio Pro 2007, realizada na praia de Itacoatiara, Niterói (RJ), o cearense André Silva já partiu rumo ao píer de Huntington Beach, Califórnia (EUA), palco do tradicional US Open of Surfing 2007.

 

Assim como muitos brasileiro, André ficará três meses fora de casa competindo nas etapas do WQS. Depois da Califórnia, o brazuca passa por Japão, Inglaterra, França, Portugal e São Francisco do Sul (SC), município catarinense que finaliza a forte seqüência de provas da divisão de acesso do circuito mundial. 

 

Prestes a estrear no US Open of Surfing, André Silva revela suas expectativas para honrar a bandeira verde-amarela.


Primeira vez na Califórnia?

Jean da Silva, André Silva e Pedro Henrique dão rolê na Disney antes do US Open of Surfing. Foto: Arquivo pessoal André Silva.

Não, quarta e está tudo muito maneiro aqui. Estou perto da casa do Beto, da Xcel, que está com os dois filhos, o Jorge Spaner e o Pedro Henrique. Daí, a gente sempre marca de fazer umas coisas para passar o tempo, já que não tem onda.


O que vocês podem fazer sem onda aí?


Passeio na Disney, loja de eletrônico, vôlei na praia..


Onde e com quem está hospedado?

Eu, Jean da Silva e Bruno Rodrigues, na casa de um amigo do Recife que mora aqui com uma americana. É o Marcelo Araújo, gente boa o cara, o conheci no Hawaii. Na primeira vez que vim para a Califa, estava meio na roubada. Ele era meu contato e acabou me ajudando e ajuda até hoje com hospedagem e alguns contatos, já que ele mora aqui há bastante tempo e conhece várias paradas, o que agiliza muito a vida da gente. rs!


Como estão as condições do mar?


Menos de meio metro, uma onda bem colada no píer, três manobras no máximo e com muita dificuldade. A areia é uma poeira só, o tempo alterna entre calor e frio, calor e frio. Amanhã faço a minha estréia na 11a bateria contra o Marcelo Nunes e outros dois que estão competindo hoje.


Qual sua expectativa para essa competição?


Dar-me bem nesse campeonato e nos que estão por vir. Esta é uma perna muito longa, então é preciso muita concentração, usar bem as pranchas TBC e torcer para achar a onda certa nas baterias.

 

Depois da Califórnia, você vai ao Japão e Europa. Fale da trajetória fora de casa.

 

Difícil. No ano passado, tive sérios problemas com pranchas, malas extraviadas, pouca grana e um laptop roubado. Alguns resultados ruins e um quinto lugar em Hossegor, França, o mais importante do ano. Então, essa acaba sendo a perna das surpresas, tudo pode acontecer, inclusive a classificação ao WCT. Isto dá uma idéia melhor de como é complicado a vida de um surfista profissional.


Como é ficar três meses surfando de Leste a Oeste no mundo?
 

Bom, é cansativo! Reclamo das roubadas, mas não consigo ficar sem isso. Sou totalmente viciado no processo de arrumar pranchas, malas, pegar avião, esperar horas no aeroporto, fazer um esforço para entender francês, japonês e inglês. É doideira chegar ao Japão, comer macarrão e sushi no café da manhã e, toda vez que fizer um pedido, ter de apontar para o garçom porque não falo japonês e eles tampouco falam inglês… rs! Depois, Inglaterra, duas semanas na França e uma em Portugal. De lá, direto pra São Chico (SC). E como todo tipo de coisa que tiver ali no momento… Não importa o que seja, é perfeito!! rs!!


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