Andy Irons comemora título do Rip Curl Pro Search 2006. Foto: ASP World Tour / Rip Curl. |
Com a vitória sobre Taylor Knox na final, Irons conquistou sua primeira vitória na temporada e pulou para a vice-liderança do tour, encostando no líder Kelly Slater, quinto colocado no México depois de perder para Knox nas quartas-de-final.
Terceiro colocado ao lado de Taj Burrow, o norte-americano Tim Reyes tirou outra nota 10 e aumentou seu próprio recorde no campeonato de 18,67 para incríveis 19,60 pontos de 20 possíveis nas oitavas-de-final.
Com a vitória, Irons assume a vice-liderança do ranking. Foto: ASP World Tour / Rip Curl. |
E esse também foi o campeonato que registrou as maiores pontuações dos últimos tempos, com os surfistas ultrapassando a barreira dos 18 pontos de 20 possíveis onze vezes, duas delas no último dia da competição.
Um foi o campeão Andy Irons, que somou 18,10 pontos na vitória sobre seu irmão Bruce nas quartas-de-final. Antes, nas oitavas, Tim Reyes recebeu sua segunda nota 10 no México e aumentou o seu próprio recorde de pontos de 18,67 para 19,60 no confronto norte-americano contra Damien Hobgood.
Só que esta acabou sendo a última grande apresentação de Tim Reyes no Rip Curl Pro. Ele ainda passou pelo australiano Dean Morrison numa bateria fraca de ondas que fechou as quartas-de-final com o placar de 12,53 x 11,33 pontos.
Curiosamente, os mesmos 11,33 pontos foram o máximo que o californiano conseguiu na semifinal contra Andy Irons e também que Taylor Knox totalizou na grande final contra o havaiano, que ganhou as duas baterias marcando 17,20 e 16,86 pontos, respectivamente.
O título valeu um prêmio de US$ 30 mil e 1.200 pontos, enquanto o vice-campeão levou US$ 16 mil e 1.032 pontos e os terceiros colocados Tim Reyes e Taj Burrow ganharam US$ 10 mil e 872 pontos cada um.
O tricampeão mundial Andy Irons passou um sufoco em sua primeira participação na sexta-feira, superando por décimos de diferença o australiano Tom Whitaker com um apertado placar de 17,40 x 17,17 pontos.
Já o heptacampeão Kelly Slater não teve trabalho para despachar Phillip MacDonald por 17 x 0. É a segunda vez que isso acontece com o número 1 do mundo neste ano. A primeira foi contra o pernambucano Paulo Moura, que não pegou nenhuma onda quando enfrentou o maior ídolo do esporte no Tahiti.
Depois da moleza, Slater acabou eliminado pelo amigo Taylor Knox numa bateria sem muitas ondas boas nas quartas-de-final. Ele só pegou uma abrindo uma parede mais longa para manobras e tirou nota 7 nela, mas o californiano arrancou um 9 na última onda para fechar o placar da vitória em 15,50 x 11,67 pontos.
Na disputa seguinte, Andy Irons deu um show contra seu irmão Bruce atingindo 18,10 pontos, marca que no último dia só não superou o recorde de 19,60 pontos do californiano Tim Reyes, sua próxima vítima nas semifinais.
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Taylor Knox teve uma excelente campanha e ficou com o vice no México. Foto: ASP World Tour / Rip Curl. |
O campeão do Billabong Pro Tahiti, Bobby Martinez, perdeu para o australiano Bede Durbidge nas oitavas-de-final em Huatulco e caiu para o terceiro lugar no ranking.
E o vice-campeão no México, Taylor Knox, passou a dividir a quarta posição com o australiano Taj Burrow na classificação geral das cinco etapas disputadas na Austrália, Tahiti, Fiji e México.
Terceiro colocado, Taj Burrow está com sede de vitória na temporada. Foto: ASP World Tour / Rip Curl. |
Com tudo isso, o Billabong Pro da África do Sul em julho promete ser mais uma vez emocionante.
No ano passado, Andy Irons saiu da água como campeão, mas na última onda da grande final Kelly Slater conseguiu reverter o resultado manobrando sem parar numa direita quilométrica que atravessou várias sessões de Jeffreys Bay.
Essa vitória foi decisiva para que Kelly Slater recuperasse a coroa de campeão mundial depois de sete anos do hexacampeonato conquistado em 1998.
Enquanto os norte-americanos, australianos e havaianos disputam a ponta do ranking, os brasileiros mais uma vez brigam na outra ponta da tabela de classificação.
No momento, o pernambucano Paulo Moura é o único no grupo dos 27 primeiros colocados que tem permanência garantida no WCT do ano que vem, ainda assim dividindo o 26º lugar com o australiano Phillip MacDonald e o californiano Chris Ward.
Os outros sete estão fora dessa lista e apenas dois brasileiros aparecem entre os 15 do WQS que são indicados para completar o grupo de elite do surfe mundial, o catarinense Neco Padaratz e o paraibano Fábio Gouveia.
Ranking do WCT 2006
1 Kelly Slater (EUA) 4233
2 Andy Irons (Haw) 4140
3 Bobby Martinez (EUA) 40008
4 Taj Burrow (Aus) 3650
4 Taylor Knox (EUA) 3650
6 Damien Hobgood (EUA) 3542
7 Joel Parkinson (Aus) 3052
8 CJ Hobgood (EUA) 2896
9 Bruce Irons (Haw) 2884
10 Tim Reyes (EUA) 2843
11 Dean Morrison (Aus) 2694
12 Shaun Cansdell (Aus) 2624
13 Tom Whitaker (Aus) 2567
14 Luke Stedman (Aus) 2521
15 Bede Durbidge (Aus) 2514
16 Cory Lopez (EUA) 2430
16 Daniel Wills (Aus) 2430
16 Greg Emslie (Afr) 2430
26 Paulo Moura (Bra) 2055
29 Adriano de Souza (Bra) 1961
33 Marcelo Nunes (Bra) 1685
35 Victor Ribas (Bra) 1680
37 Raoni Monteiro (Bra) 1632
38 Peterson Rosa (Bra) 1495
41 Pedro Henrique (Bra) 1310
41 Yuri Sodré (Bra) 1310