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Animal encara novos desafios

Luiz Carlos Guida Animal. Foto: divulgação

No Havaí, o remador se consagrou como o sexto melhor do mundo na Molokai to Oahu e já se prepara para outros importantes desafios, como o primeiro Campeonato Brasileiro de River SUP, em Foz do Iguaçu, e a Battle of the Paddle, na Califórnia.

Por AD Comunicação 

Aventurar-se pelos mares mundo afora. Esta é a grande paixão de Luiz Carlos Guida, o “Animal”, considerado o melhor remador de stand up paddle (SUP) do Brasil e um dos principais do mundo. Prova disso é que em sua segunda temporada no Havaí, durante o mês de julho, ele disputou algumas provas contra os melhores atletas do mundo no campeonato SUP Race downwind de longa distância e se consagrou como o sexto melhor após a travessia entre Molokai e Oahu, considerada a etapa mais difícil dos últimos tempos.

Mas o atleta ainda quer mais e por isso parte em busca de novas conquistas já nos próximos dias. Entre 7 e 8 de setembro participa do Campeonato Brasileiro de River SUP, em Foz do Iguaçu. O destaque fica por conta do local de realização das provas, o canal artificial da Piracema, em Itaipu. As corredeiras naturais do canal se juntam ao grande Lago de Itaipu, o que permite que os competidores utilizem toda a sua técnica e explorem as mais diferentes vertentes do esporte.

Já entre 13 e 15 de setembro, Animal viaja para Vitória (ES), onde disputa a quinta etapa do Circuito Brasileiro de SUP Race – no qual segue em segundo lugar no ranking, com 4815 pontos. As provas serão realizadas na Praia do Canto, como parte do Aloha Spirit Festival, que reúne outras modalidades além do stand up: natação, canoa/ surfski e paddleboard.

Ainda em setembro, nos dias 28 e 29, o atleta segue para a Califórnia, onde participa da prova Battle of the Paddle – a mais tradicional do estado americano. A sexta edição do evento será na bela cidade de Dana Point e Animal deve competir com centenas de atletas do mundo inteiro. Ele também marcará presença no primeiro Battle of the Paddle brasileiro, que acontece entre 25 e 27 de outubro na cidade do Rio de Janeiro e que, segundo os organizadores, terá o mesmo formato do evento da Califórnia.

Competições no Havaí

Enquanto esteve no Havaí, Animal participou das mais tradicionais provas de remada do arquipélago. Na travessia entre as ilhas Maui e Molokai, remou por cerca de 40 quilômetros e, por um erro de percurso, acabou chegando em 13º lugar. Na prova seguinte – a chamada Maliko Run, também em Maui – percorreu cerca de 15 quilômetros e recuperou algumas colocações: ficou em 11º lugar geral e em 5º na categoria Unlimited (pranchas acima de 16 pés, com leme).

A mais aguardada, no entanto, foi a travessia entre Molokai e Oahu, que aconteceu no dia 28 de julho. Para os amantes de downwind – modalidade de SUP Race em que os competidores remam a favor do vento, surfando ondulações marítimas – o trajeto é um dos mais desafiadores do mundo: são mais de 50 quilômetros em mar aberto, em que o atleta enfrenta ventos e correntes oceânicas durante todo o percurso. Além de preparo físico e psicológico, a prova também exige muito conhecimento marítimo.

Para participar desta etapa, Animal contou com a ajuda do parceiro de treinos e viagens, João Renato Moura – que também é referência nacional em competições da modalidade e ajudou o atleta a seguir o percurso, alimentar-se e permanecer hidratado. Como resultado, Animal fez uma belíssima prova, completou os 54 quilômetros em 5 horas e 17 minutos e foi o sexto remador a cruzar a linha de chegada, o primeiro entre os brasileiros. Já na categoria até 29 anos ficou em terceiro lugar – atrás apenas dos dois melhores atletas do mundo, Connor Baxter e Kai Lenny. 

“Meu principal objetivo era continuar entre os oito melhores do mundo e, para isso, eu sabia que não podia economizar na remada do começo ao fim. Minha estratégia foi largar forte para me manter na frente desde o começo e deu certo”, comenta Animal.

Esta 17º edição da travessia foi considerada a mais surpreendente e uma das mais difíceis dos últimos tempos devido às condições climáticas, já que havia a previsão de um furacão para o dia seguinte à prova – o que geralmente faz com que o mar fique mais calmo -, o que foi desfavorável à grande maioria dos competidores e em especial aos havaianos – habituados a surfar as marolas oceânicas e descansar entre uma e outra. Luiz Guida, no entanto, teve um ótimo desempenho neste cenário, pois no Brasil o mar normalmente não tem marolas e o atleta está mais do que acostumado a remar ininterruptamente.

Com isso, o bicampeão brasileiro de SUP Race garantiu mais uma vez seu espaço no ranking mundial dos tops 10 – em 2012, quando disputou sua temporada de estreia no Havaí, Animal também terminou entre os oito melhores. “Fiquei muito feliz, porque esta é a principal prova de longa distância do mundo, campeonato do qual participam os principais atletas e na minha categoria eu perdi apenas para os dois melhores”, comemora o remador, que faz parte da equipe Dardak de esportes de aventura.

 

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