O designer e ilustrador Marcio Cau, 36 anos, foi o criador da arte que deu origem a toda identidade visual do O’Neill SP Prime em Maresias. Trocamos uma ideia descontraída com este local da Praia Grande (SP), para descobrir de onde vem sua inspiração e como foi o processo de criação.
Como você começou nesta profissão?
Comecei a desenhar aos 5 anos de idade. Aos 9 comecei a aprender a surfar e já comecei a desenhar as primeiras ondinhas. Em 2002 mandei um desenho pra Revista Fluir e ele foi publicado na seção Ilustração do Leitor. O Rogério Barbosa, que na época trabalhava em uma marca de surfe me chamou para conhecer o meu trabalho.
Na época eu só fazia ilustração a mão e ele me chamou pra fazer estampas e ilustrações de produto. Foi muito legal, porque comecei a conhecer o pessoal do mercado. Então comecei a mexer no computador por incentivo do Roger, para passar minhas ilustrações ao computador e até começar a ilustrar direto dos softwares.
Quais são suas referência hoje em dia?
Eu pesquiso muita coisa na internet e acompanho o trabalho de diversos artistas. Eu sou vidrado nos estilos vindos do grafite e da arte urbana. Também pesquiso muito sobre design e arte digital. Tento trazer as referências de arte urbana para dentro do surf.
Onde você busca inspiração pra tua arte?
Acordo cedo todos os dias, mesmo quando está chovendo, e sempre vou dar uma olhada no mar. Se não tiver onda eu dou um mergulho e se tiver eu surfo. Depois disso já volto inspirado e as ideias sempre começam a pipocar.
Como você desenvolve tua técnica?
Procuro pesquisar e estudar diferentes estilos de arte, para a partir daí criar o meu estilo. Comecei a criar artes digitais há uns 5 anos e fui evoluindo através de pesquisas. Já estou ficando feliz com o resultado.
Como foi o processo de criação da arte do evento?
O processo demorou cerca de 3 meses. Pesquisei muitas fotos. Vim aqui para Maresias, conversei com diversos locais e frequentadores, para saber qual o ângulo que lembra Maresias, até encontrar diversos elementos, como o morro, o “S” do Senna, a coloração, os tons de verde e a direita tubular com terral.
Você também fez a arte do WCT no Brasil este ano. O processo de criação foi semelhante?
Foi um pouco diferente. Eles me deram fotos de referência e do atleta da marca deles, que no caso é o Taj Burrow. Queriam retratar e mostrar a Barra da Tijuca de uma forma que preservasse as características do local. Procurei fazer o ângulo da foto que eles me mandaram, que vinda de dentro d’água, então tive que retratar todos os prédios, o morro e fiz um céu legal, para mostrar que ali era a Barra da Tijuca.
Saiba mais sobre Marcio Cau em sua página no Facebook, Instagram (@marciocau) e site.