Depois das finais da triagem, alguns profissionais do tour como CJ Hobgood, Matt Wilkinson e Adam Melling entraram na água com uma missão: testar o inédito sistema de prioridade do WT 2013 para baterias de três atleta.
Com juizes a postos, spoter (chamador de ondas), sistema de julgamentos computadorizado da empresa brasileira Bit Byte a todo vapor, locução preparada e a novidade do tour – um juiz de prioridade, que ainda não havia sido usado até aqui. Este homem será o responsavel por indicar a transição das prioridades entre os atletas, julgando quem tem o direito de passagem.
Conversando informalmente como juiz brasileiro Luli Pereira, meu conterrâneo de Santa Catarina, que está cada vez mais mostrando suas qualidades e sendo considerado um dos melhores juízes do momento, ele me explicou estes detalhes.
Segundo ele, o sistema será ultilizado somente na quarta fase, quando o evento afunila para baterias de três atletas num momento crucial da competição. Na primeira fase, que tambem tem baterias de três atletas, continua tudo como sempre, sem sistema de prioridade.
Perguntei como tinham sido os testes e ele comentou que positivo e que, a principio está pronto para ser utilizado. Também indaguei o motivo do teste e Luli simplificou, informando que é para evitar a disputa excessivamente pressionada, sem critérios, o que deixa a competição com um aspecto anti-esportivo.
Segundo Luli, a nova regra é mesma do atual sistema de prioridade. O surfista tem o direito de passagem e de surfar a onda com a prioridade, enquanto os outros atletas não podem atrapalhar nem bloquear a passagem do atleta com prioridade, sob pena de ser cometida uma interferência. Neste caso, o atleta é punido e perde a segunda melhor nota, sendo computada apenas a melhor nota.
A bateria começa sem prioridade e assim que alguém pegar a primeira onda, os outros dois atletas disputam a primeira e a segunda prioridade. Quando o atleta pegar a segunda onda da bateria, fica definida a prioridade para o atleta que espera a onda no fundo.
No caso de retorno ao pico com auxílio do jet, a prioridade será definida com a chegada na bóia ou numa linha imaginaria. Neste caso, o atleta que chegar ao antes fundo será o detentor da prioridade.
Se um surfista remar intencionalmente para pegar uma onda, inibindo outros atletas de surfá-la, ele vai perder a prioridade imediatamente para o detentor da prioridade seguinte.
Isso tudo é um pouco complexo e, conversando com o top ex-campeão mundial CJ Hobgood, ele me explicava que este critério em teste nesta primeira etapa pode sofrer alguns ajustes dentro das regras de prioridade já existente e em andamento.
Confira em breve uma entrevista exclusiva com Luli Pereira, quando vamos abordar este tema e explicar a nova regra com mais detalhes.
