Em 2012 a Association of Surfing Professionals (ASP) passa a comandar todos os seus sete escritórios regionais do mundo.
Os últimos ainda independentes eram os da Europa e da América do Sul, que agora serão dirigidos diretamente pela ASP da sua sede na Austrália.
O principal trabalho dos escritórios é a realização de eventos do Circuito Mundial, especialmente os classificatórios para a divisão de elite do ASP World Tour.
Neste quesito, a ASP Europe e a ASP South America são recordistas em volume de prêmios e pontos oferecidos para a disputa das vagas para o seleto grupo dos tops da ASP.
Pela excelência do seu trabalho à frente da ASP South America, a ASP oficializou a manutenção do carioca Roberto Perdigão na direção do escritório regional da América do Sul, localizado na Lagoa da Conceição, Florianópolis (SC).
O resultado do seu desempenho é comprovado pelos números da história do circuito qualificatório da ASP, fazendo do Brasil, o “país do futebol”, o mais importante de todos no mundo.
“Nesses 20 anos à frente da ASP South America, consegui formar uma equipe de trabalho extremamente competente e com profissionais de alto nível, quando o assunto é o surf profissional”, destaca Roberto Perdigão.
“Isso tem gerado muita credibilidade e retorno aos nossos eventos, além de incontáveis benefícios para os nossos surfistas e também para o mercado de uma maneira geral”.
O Brasil é recordista em premiação e pontos distribuídos nos 20 anos do sistema implantado pela ASP em 1992, quando o circuito mudou para ASP World Championship Tour, com uma elite de surfistas disputando o título mundial, e ASP World Qualifying Series, para classificar novos atletas a cada ano.
De 1992 a 2011, a ASP South America comandada por Roberto Perdigão homologou um total de 144 etapas em sete países da América do Sul.
“Com a ajuda dos nossos parceiros e colaboradores, a ASP South America vem liderando importantes estatísticas da ASP ao longo destes 20 anos, com o Brasil sendo o país que mais dinheiro em prêmios ofereceu, em cerca de 120 eventos”, relata Perdigão.
“Além do Brasil, já realizamos eventos no Peru, Chile, Argentina, Venezuela e Uruguai, com uma única e clara proposta de fortalecer a imagem do esporte e do surfista profissional sul-americano. E a estratégia vem dando resultado”, completa.
Só no Brasil foram 119 etapas do WQS, ASP Prime ou ASP Star de 1992 a 2011, que distribuíram a incrível soma de US$ 8.765 milhões de prêmios em dinheiro para os surfistas e 213.250 pontos em 34 praias diferentes de oito estados do litoral brasileiro.
A ASP South America também promoveu eventos em outros seis países do continente, Peru (10), Argentina (6), Uruguai (4), Chile (3), Equador (1) e Venezuela (1), totalizando 144 eventos em 20 anos.
“Ampliando as nossas fronteiras e estendendo a nossa metodologia de trabalho para outros países da América do Sul e Central, acreditamos estar dando uma importante contribuição para o desenvolvimento do ASP World Tour em nosso continente. Com isso, quem ganha são os nossos atletas. E é para eles que trabalhamos”, encerra Roberto Perdigão, que continua o seu trabalho à frente da ASP South America em seu escritório na Ilha de Santa Catarina.
Reflexo na elite Este calendário sempre recheado de etapas valiosas serviu de importante plataforma para a classificação de brasileiros para o grupo de elite do ASP World Tour.
Em 1992 era só a dupla pioneira do Brasil competindo todo o circuito mundial, Fabio Gouveia e Flavio ‘Teco’ Padaratz. Em 1993 entrou Peterson Rosa, em 1994 já eram nove brasileiros entre os top-44, começando a fazer frente às três potências do esporte: Austrália, Estados Unidos e Hawaii.
Em 2001, o número recorde de 11 surfistas só não superou a quantidade de australianos. A maioria se classificou computando resultados nas etapas da ASP South America no Brasil. Mais recentemente, o novo fenômeno Gabriel Medina iniciou a arrancada para a sua entrada triunfal na elite do ASP Tour com a vitória no SuperSurf Internacional Prime em Imbituba (SC) no ano passado.
Neste ano de 2012, são sete brasileiros entre os top-34, mesmo número de surfistas dos Estados Unidos, com a Austrália mantendo a tradição da maioria na lista.
Países que mais investem nas etapas classificatórias para o Mundial
1 Brasil – premiação total de US$ 8.765.000 e 213.250 pontos em 119 etapas
2 Estados Unidos – US$ 7.595.000 e 201.250 pontos em 168 etapas menos valiosas
3 Hawaii – US$ 5.365.000 e 142.500 pontos em 101 etapas
4 Austrália – US$ 4.675.000 e 120.700 pontos em 81 etapas
5 França – US$ 4.000.000 e 86.250 pontos em 44 etapas
6 Portugal – US$ 3.445.000 e 84.750 pontos em 60 etapas
7 África do Sul – US$ 3.020.000 e 72.500 pontos em 47 etapas
8 Japão – US$ 2.640.000 e 65.875 pontos em 71 etapas
9 Espanha – US$ 2.075.000 e 47.375 pontos em 40 países
10 Inglaterra – US$ 1.485.000 e 34.000 pontos em 18 países
Observação: outros 24 países sediaram etapas do extinto WQS ou do ASP Prime e ASP Star.
História dos escritórios regionais da ASP no ranking de acesso para o ASP Tour
1 ASP Europe – US$ 13.450.000 e 310.750 pontos em 201 etapas em 9 países
2 ASP South America – US$ 9.765.000 e 240.625 pontos em 144 etapas em 7 países
3 ASP North America – US$ 8.630.000 e 221.250 pontos em 196 etapas em 7 países
4 ASP Australasia – US$ 6.370.000 e 162.300 pontos em 101 etapas em 6 países
5 ASP Hawaii – US$ 5.365.000 e 142.500 pontos em 101 etapas no Hawaii
6 ASP Africa – US$ 3.020.000 e 72.500 pontos em 47 etapas na África do Sul
7 ASP Asia – US$ 2.700.000 e 67.875 pontos em 72 etapas em 2 países
Calendário da ASP South America 2012
Mai 21-27 ASP Prime Coca-Cola Saquarema Pro, Itaúna, Saquarema (RJ) – US$ 250 mil e 6.500 pts
Jun 12-17 ASP 3-Star Arica Pro Challenge, El Gringo, Arica, Chile – US$ 55 mil e 750 pts
Jul 24-28 ASP Womens 6-Star Copa Movistar Pro apresentada pela Rip Curl, Lobitos, Peru, US$ 40 mil e 3.500 pts
Ago 30-1 ASP 2-Star Billabong Surf Eco Festival, praia de Jaguaribe, Salvador (BA) – US$ 30 mil e 500 pts
Out 9-14 ASP 4-Star (aguardando confirmação), Mancora, Peru, – US$ 95 mil e 1.000 pts
Out 9-14 ASP Womens 4-Star (aguardando confirmação), Mancora, Peru – US$ 30 mil e 1.000 pts
Out 16-21 ASP 6-Star Brasil Open of Surfing, Arpoador, Rio de Janeiro (RJ) – US$ 155 mil e 3.500 pts
Out 23-28 ASP Prime (aguardando confirmação), praia da Vila, Imbituba (SC) – US$ 250 mil e 6.500 pts
Seletivas Sul-Americanas para o Mundial Pro Junior
Jul 13-15 Mormaii Pro Junior, Ferrugem, Garopaba (SC) – 1 Star masc. (US$ 7 mil) e 1 Star fem. (US$ 2 mil)
Jul 21-23 Rip Curl Pro Junior, Lobitos, Piura, Peru – 3 Star masc. (US$ 15.000) e 2 Star fem. (US$ 3 mil)
Ago 17-19 Hurley Pro Junior, local a ser anunciado – 2 Star masc. (US$ 10 mil) e 1 Star fem. (US$ 2 mil)
Ago 24-26 Quiksilver Pro Junior, local a ser anunciado – 3 Star masculino (US$ 15 mil)
Ago 24-26 Roxy Pro Junior, local a ser anunciado – 2 Star feminino (US$ 3 mil)
Ago 27-29 Billabong Eco Pro Junior, Jaguaribe, Salvador (BA) – 3 Star masc. (US$ 15 mil) e 2 Star fem. (US$ 3 mil)