Atletas invadem Florianópolis

Praia Mole (SC)

Rodrigo Dornelles está motivado depois de conquistar o vice-campeonato nas Ilhas Canárias. Foto arquivo: © Dimulle / ASP Europe.com.
Uma linda terça-feira de sol e boas ondas formaram o cenário do último dia de treinos livres para o Onbongo Pro Surfing na praia Mole, em Florianópolis.

 

Centenas de surfistas aproveitaram para testar as pranchas que utilizarão na competição que começa às 8 horas nesta quarta-feira e vai até domingo.

 

Para o primeiro dia, está programada a realização das duas primeiras fases das triagens, envolvendo os atletas sem boa pontuação no ranking mundial da Association of Surfing Professionals (ASP).

 

Um total de 208 representantes de 16 países esgotou o limite de participantes do único evento

Franco-brasileiro Patrick Beven defende o título do evento. Foto arquivo: Ricardo Macario.
com nível máximo 6 estrelas da América do Sul, na última parada antes das duas etapas que fecham a lista dos quinze classificados para a elite mundial do WCT (World Championship Tour) no Hawaii.

 

Entre os inscritos, trinta já fazem parte deste grupo neste ano, inclusive o vice-líder do ranking Joel Parkinson (AUS) e os ex-campeões mundiais Mark Occhilupo (AUS) e CJ Hobgood (EUA), além do convidado especial Tom Curren (EUA).

 

As principais estrelas são cabeças-de-chave e só estrearão no sábado, já na sexta rodada do Onbongo Pro Surfing.  Seus primeiros adversários serão definidos nas triagens, de quarta a sexta-feira.

 

Neco Padaratz  luta para recuperar a liderança no circuito WQS. Foto: Ricardo Macario.
Válida como 36a. etapa do World Qualifying Series (WQS), o evento é apresentado pela Nova Schin neste ano, tem patrocínio exclusivo da Onbongo e apoio da Prefeitura Municipal de Florianópolis e Fundação Municipal de Esportes, com organização da Federação Catarinense de Surf (FECASURF) em conjunto com a ASP South America.

 

No total, serão distribuídos US$ 125 mil em prêmios, dividido entre os 64 melhores surfistas do campeonato, sendo que o vencedor leva US$ 15 mil, além dos 1.500 pontos no ranking de acesso para o WCT.

 

Diferente do ano passado, desta vez o Onbongo Pro Surfing inaugura a “perna brasileira” de fim-de-ano do circuito mundial, que será encerrada no Nova Schin Festival WCT Brasil 2004, nos dias 01 a 10 de novembro, também em Santa Catarina.

 

Estes dois eventos serão decisivos, porque depois do Brasil os melhores surfistas do mundo seguem para o encerramento da temporada no Hawaii, onde serão definidos os rankings que formarão a elite dos Top-42 do WCT no ano que vem.

 

Vários brasileiros estão na briga direta pelas últimas vagas na lista dos 15 indicados pelo WQS, como o paulista Renan Rocha (vigésimo lugar no ranking), o baiano Armando Daltro (21o.), o potiguar Danilo Costa (27o.) e o gaúcho Rodrigo Dornelles (trigésimo), que ganhou onze posições com o vice-campeonato conquistado no WQS 4 estrelas das Ilhas Canárias, encerrado no último sábado.

 

“Pôxa, aconteceu a mesma coisa do que nas Ilhas Maldivas em 2001, que eu também liderei a bateria inteira e no último minuto o Chris Ward (EUA) virou em cima de mim”, lembrou Rodrigo Dornelles, um dos muitos surfistas que aproveitaram o último dia de treinos livres para o Onbongo Pro Surfing.

 

“Agora foi o australiano Kirk Flintoff. Eu comecei com uma nota muito boa – 8,10 – e fiquei na frente o tempo inteiro, mas quando faltavam só 30 segundos ele pegou uma onda da série e levou o título. Mas, tudo bem. Mesmo assim o segundo lugar me aproximou da briga e agora vou buscar mais um bom resultado aqui para tentar confirmar a vaga lá no Hawaii”, falou Dornelles, que tenta recuperar seu lugar na elite do surfe mundial.

 

Ele só entra na quinta e última fase das triagens, a mesma do campeão nas Ilhas Canárias, Kirk Flintoff, com os dois só devendo estrear na sexta-feira.

 

Além de Flintoff, mais 38 australianos formam o maior esquadrão estrangeiro no Onbongo Pro Surfing, que terá a participação de surfistas de mais 15 países: Brasil (101 inscritos), Estados Unidos (19), Hawaii (12), África do Sul (9), Espanha (7), França (5), Ilha Reunião (3), Inglaterra (2), Portugal (2), Japão (2), Nova Zelândia (2), Tahiti (2), Itália (1), Venezuela (1) e Argentina (1).

 

Os sul-africanos também se destacam entre os estrangeiros principalmente por terem Greg Emslie defendendo a liderança do ranking WQS na praia Mole. No ano passado, Emslie ficou em terceiro lugar no Onbongo Pro Surfing, vencido pelo franco-brasileiro Patrick Beven.

 

Já o jovem Warwick Wright surpreendeu à todos ao vencer a segunda etapa do WQS 2004 nos tubos da Cacimba do Padre, em fevereiro, em Fernando de Noronha (PE).

Warwick estava com um grupo de sul-africanos olhando o mar depois de mais uma sessão de treinamento.

 

“As ondas estão muito boas e aqui é bem parecido de onde eu venho, Durban, onde o fundo também é de areia como aqui”, comparou Wright, relevando que no ano passado ele foi eliminado logo em sua estréia no Onbongo Pro Surfing.

 

“Não fui bem no ano passado, mas agora estou mais confiante, venci o campeonato lá em Fernando de Noronha e estou me preparando para as finais no Hawaii”, falou Wright, que não conseguiu nenhum outro bom resultado depois da vitória no Brasil e ocupa a 75a. posição.

 

Com apresentação da Nova Schin, o Onbongo Pro Surfing 2004 tem como principal patrocinador a marca Onbongo, apoio da Prefeitura Municipal de Florianópolis e Fundação Municipal de Esportes, divulgação oficial pela Revista Fluir e Rede Atlântida FM, numa realização conjunta entre a Federação Catarinense de Surf (FECASURF) e a ASP South America.


 

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